A nomeação de Golan despertou preocupação entre os líderes judeus e estadunidenses, bem como neste país, devido também ao seu antifeminismo e apoio a grupos radicais, informou o The Times of Israel.
O jornal afirmou que as principais associações judaicas daquela cidade estadunidense não vão receber a atual legisladora israelense por causa de suas posições supremacistas.
“Esta nomeação seria outra afronta do governo de Netanyahu… e uma ofensa ao povo, tanto judeu quanto não judeu…”, disse Jill Jacobs, diretora executiva do grupo rabínico de direitos humanos T’ruah.
De sua predileção por violentos radicais anti-árabes a seu ódio às feministas e seu tratamento racista e islamofóbico, a política de Golan está muito distante da visão dos judeus de Nova Iorque, enfatizou.
Golan começou sua carreira política fazendo campanha pela expulsão dos requerentes de asilo africanos, da qual nunca desistiu.
Em um comício realizado em 2012 nesta cidade, ela afirmou que tem orgulho de ser racista.
“Somos racistas porque queremos preservar nossas vidas e nossa sanidade. Tenho orgulho de ser racista. Se sou racista para preservar minha vida, então tenho orgulho”, disse ela na época.
Em entrevista ao jornal hebraico Haaretz em 2014, Golan alegou que os migrantes representavam um risco à saúde.
Há poucos dias, o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, criticou essas declarações, mas não censurou sua nomeação.
O consulado de Nova Iorque é considerado um dos cargos mais importantes nas relações exteriores de Israel porque é responsável por administrar os laços em uma área geográfica que abriga a maior comunidade judaica do mundo, observou o The Times.
Por sua vez, o Canal 12 revelou que sua nomeação provocou rejeição no Ministério, pois vários diplomatas questionaram a escolha de um “candidato tão indigno”.
O cargo de cônsul-geral de Nova Iorque está vago desde o mês passado após a renúncia de Asaf Zamir, que demitiu-se em protesto contra uma reforma judicial proposta por Netanyahu.
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