Mekonnen se reuniu com o presidente da Tanzânia, Samia Suluhu, para discutir questões bilaterais e regionais, e disse que Adis Abeba quer fortalecer as relações com Dar es Salaam no setor econômico, informou a estatal Fana Broadcasting Corporate.
Reiterou o compromisso do governo etíope de estabelecer uma paz duradoura no país por meio da implementação do Acordo de Paz de Pretória, assinado em 2 de novembro passado na África do Sul, que encerrou o conflito com a Frente de Libertação do Povo de Tigray (TPLF), liderada pela União Africana (UA).
Confirmou que as questões relacionadas à construção da Grande Barragem do Renascimento (GERD) estão sendo resolvidas por meio do diálogo sob os auspícios da UA.
A Etiópia, o Egito e o Sudão assinaram o Acordo de Declaração de Princípios do GERD em 23 de março de 2015, que reconhece o direito de Adis Abeba de construir o projeto hidrelétrico e exige que ele compartilhe energia, mantenha o consumo para irrigação e não afete a economia, o fluxo do Nilo e a segurança alimentar de seus vizinhos, entre outras coisas.
Preocupados com suas reservas de água desde 2011, quando começaram os trabalhos de construção da barragem, Cairo e Cartum condenaram o lançamento do gerador sem um acordo trilateral e o consideraram uma violação dessa declaração.
Uma atitude semelhante ocorreu com as fases de enchimento durante as estações chuvosas de 2020 e 2021, o último ano em meio a negociações frustradas para chegar a um acordo sobre como explorá-lo, sob os auspícios da União Africana.
A Etiópia, por sua vez, reiterou várias vezes que não tem planos ocultos, nem pretende bloquear as águas do rio ou matar de fome os povos egípcio e sudanês; pelo contrário, o GERD promoverá um progresso abrangente na África Oriental.
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