Conforme referiu o secretário de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, o Executivo angolano pretende trabalhar com as autoridades do país europeu para estabelecer novas linhas de crédito favoráveis devido às suas baixas taxas de juro e prazos de reembolso suficientemente longos.
Programas informativos da televisão pública e do Jornal de Angola destacaram quarta-feira as declarações do chefe da diplomacia austríaca e do Presidente João Lourenço, bem como detalhes de um fórum económico realizado na véspera nesta capital.
Segundo Nunes Júnior, o Governo pretende promover o associativismo empresarial nas áreas da agricultura, tecnologias de informação, cibersegurança e digitalização, saúde, ambiente, saneamento, educação, transportes, energia e água.
“Queremos que a Áustria nos ajude a construir uma economia cada vez menos dependente do petróleo, uma economia que cresça de forma sustentada e sustentável, uma economia que gere mais emprego e aumente o rendimento dos cidadãos angolanos, uma economia que permita combater a fome e a pobreza”, disse.
Ainda assim, lembrou, os recursos petrolíferos representam mais de 60 por cento das receitas fiscais deste Estado africano e mais de 90 por cento das receitas de exportação.
O objetivo é que o setor privado tenha um papel mais ativo na economia nacional e reduza com a sua atuação o peso do petróleo no Produto Interno Bruto, confirmou.
Segundo Nehammer, a Áustria pretende explorar outras oportunidades de investimento e intensificar as parcerias com Angola no contexto de uma economia em rápido crescimento e património cultural diversificado.
Por outro lado, Lourenço sublinhou as aspirações de contar com a participação austríaca em investimentos estruturantes para contrariar os efeitos da seca no sul do país, para os quais será necessário encontrar soluções de financiamento.
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