O Comitê Organizador informou à Prensa Latina que o Museu Nacional de Etnografia e Folclore acolherá nesta quarta-feira a plenária da qual participarão 300 delegados das seis sub-regiões desta instituição: México, América Central, Caribe, Andina, Brasil e Cone Sul.
Referindo-se à importância deste fórum, a Ministra da Presidência da Bolívia, María Nela Prada, propôs irmanar a luta feminista e as diversidades de sexo e gênero e caminhar para um mundo onde não haja ódio.
Em um discurso no qual destacou a presença do embaixador cubano na Bolívia nesta posse, Danilo Sánchez, Prada descreveu que esta batalha irmã é anticapitalista, antirracista, antiimperialista, antimilitarista, antipatriarcal e anti -colonial.
Sob o lema “descolonizar as nossas lutas, despatriarcalizar os nossos corpos”, está em sessão a conferência que se prolongará até 28 de abril, tendo a Prada saudado aquela denominação.
Ela destacou que a despatriarcalização é uma proposta política surgida no Estado Plurinacional pensado por mulheres que identificaram que a luta não é apenas contra o patriarcado, mas contra o colonialismo, o capitalismo, o neoliberalismo e contra todas as formas de dominação e exclusão que negam outra forma de ser e estar no mundo.
Recordou que a Constituição promulgada em 2009 estabelece no seu artigo 14º que “o Estado proíbe e pune todas as formas de discriminação em razão do sexo, cor, idade, orientação sexual, identidade de gênero, origem, cultura, nacionalidade, cidadania, língua e credo religioso”.
Também inclui entre essas proibições a discriminação por motivos de “ideologia, filiação política ou filosófica, estado civil, condição econômica ou social, tipo de ocupação, nível de escolaridade, deficiência, gravidez ou outros que tenham por objetivo ou resultado anular ou prejudicar o reconhecimento, gozo ou exercício, em condições de igualdade, dos direitos de todas as pessoas”.
Prada foi enfática ao reiterar a necessidade de construir um tecido social neste campo porque será a única coisa que “permitirá a verdadeira transformação dos nossos países”, do que chamou de “nossa grande pátria”.
oda/jpm/cm