Falando em um almoço oferecido pelo Rei Felipe VI no Palácio Real de Madri, o líder brasileiro enfatizou que “sem um cessar-fogo não é possível continuar” e expressou seu desejo de criar um fórum de países para promover a paz.
Sua iniciativa não é bem recebida pela UE e pelos EUA, que consideram o Brasil um país estratégico que deve se posicionar com mais clareza.
Depois de se reunir com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e liderar a assinatura de vários acordos bilaterais no Palácio Moncloa, Lula e sua comitiva participaram da reunião com o rei e a rainha da Espanha.
Queremos abrir caminhos para o diálogo que não obstruam as soluções oferecidas pela diplomacia”, enfatizou, ao destacar a importância dos laços com a Espanha.
Compartilhamos o apoio a uma ordem internacional baseada na lei internacional com o objetivo de preservar a paz, disse ele.
Respondendo um pouco às palavras de Felipe VI sobre a necessidade de todos defenderem a paz, o dignitário brasileiro descreveu uma guerra no coração da Europa como uma tragédia.
Sánchez, seus vice-presidentes e vários ministros participaram da recepção no Palácio Real, onde Lula da Silva reiterou sua confiança nos laços entre “duas grandes democracias”, como as da Espanha e do Brasil, bem como pontos de vista comuns em áreas como a defesa do meio ambiente, inclusão e igualdade.
“Não é coincidência que eu visite a Espanha nos primeiros meses do meu governo. Isso mostra a importância de nossas relações com esse país amigo”, enfatizou ele na noite, que também contou com a presença do líder do principal partido de oposição (PP), Alberto Núñez Feijóo.
Por outro lado, ele lamentou a amarga experiência do Brasil com o negacionismo de Jair Bolsonaro durante a pandemia, que matou cerca de 700.000 pessoas.
Mais cedo, em uma coletiva de imprensa no Palácio Moncloa, Sánchez e Lula concordaram que oportunidades significativas estão surgindo com os respectivos chefes da União Europeia (UE) e do Mercosul no segundo semestre de 2023.
Também com a realização da Cúpula da UE com a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) em Bruxelas, nos dias 17 e 18 de julho.
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