“O fosso está a aumentar”, alertou num relatório que cobre o período entre 2011 e 2021, em que a remuneração dos principais executivos destas empresas cresceu 66 por cento, enquanto a dos seus subordinados cresceu 21 por cento e o salário mínimo 14 por cento.
Segundo a organização, em um momento em que grandes empresas francesas anunciam sistematicamente lucros recordes, a distribuição de riqueza dentro delas é cada vez mais desigual.
A Oxfam France estabeleceu um ranking que reflete a magnitude da diferença salarial em ordem, classificação liderada pela gigante dos “call centers” Teleperformance, seguida pela montadora Stellantis (Peugeot, Citroën, Fiat e outras marcas) e pela Dassault Systèmes, dedicado a “software”.
No caso do CEO da Teleperformance, Daniel Julien, ele ganhou 1.484 vezes mais em 2021 do que um funcionário médio, ilustrou.
A publicação também capta as diferenças entre homens e mulheres, com apenas uma em cada 10 empresas administradas por mulheres, que ganham 36% menos que seus colegas.
A organização não-governamental defendeu uma melhor repartição dos lucros, a redução da diferença salarial entre homens e mulheres e a utilização dos impostos como instrumento para uma maior equidade na redistribuição da riqueza empresarial.
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