A escandalosa rixa entre os partidos Ação Nacional, Revolucionário Institucional e Revolucionário Democrático surgiu quando se tratou de eleger um seu dirigente para a comissão do INAI, organismo que o Governo pretende dissolver por inépcia, ineficácia e corrupção.
Tendo perdido a luta em caso semelhante com o Instituto Nacional Eleitoral (INE), que tomaram como bandeira para o seu slogan “O INE não se mexe”, mas se emocionou com a eleição da sua nova conselheira presidente, Guadalupe Taddei, agora tentam fazer o mesmo com o INAI, acusaram os morenistas.
Antes da tomada da tribuna, o presidente do Senado, Alejandro Armenta, declarou recesso e transferiu a sessão ordinária para a Antiga Mansão de Xicotencatl, mas quando lá chegaram uma legisladora havia se acorrentado à tribuna.
A senadora fez papel de boba, pois os parlamentares a ignoraram, deixaram-na sozinha na sala com as correntes e se deslocaram para o pátio onde, à meia-noite em ponto, aprovaram o que estava em pauta.
Pouco antes, o presidente Andrés Manuel López Obrador reuniu-se em privado com os quatro candidatos presidenciais do seu partido e com os senadores Morena do Partido Trabalhista e Verde, e deu a conhecer através de um tweet nas suas redes sociais.
Ao deixar o encontro, que durou uma hora e meia, o senador Ricardo Monreal, chefe da Mesa de Coordenação Política do Senado, disse que o encontro foi uma cordial saudação ao presidente da bancada governista.
López Obrador desafiou os senadores da oposição que subiram à tribuna e que exigem a nomeação de um conselheiro por eles avalizado e “não toquem no INAI”, a manterem o seu protesto enquanto puderem, qualificando tal atitude de “dormência festa”.
“Espero que fiquem mais tempo, pelo menos quinze dias” (…) “Sim, sim, sim, tecnicamente chama-se ‘parar o relógio legislativo’ até que haja condições. Depois até que haja condições”, disse o presidente, mas acrescentou que é impossível porque eles não resistem porque estão acostumados a uma vida suave e a dormir bem.
De qualquer forma, ele esclareceu que nada acontecerá se continuarem na tribuna do Senado.
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