Este 1º de maio acontece em um contexto de profunda crise política, econômica e ética, e enquanto a criminalidade toma conta do país como nunca antes, afirmou a presidenta da Frente Única dos Trabalhadores (FUT), Marcela Arellano, em declarações à Prensa Latina.
Em sua opinião, essa situação afeta principalmente a classe trabalhadora, e é por isso que eles não estão apenas exigindo direitos trabalhistas, “mas também um Estado a serviço do povo”.
É urgente mudar de rumo, porque no momento o neoliberalismo deixou todos os empregados desprotegidos e esse presidente banqueiro (Lasso) quer um novo Código do Trabalho que não protege ninguém e que é um ataque aos direitos trabalhistas, disse Arellano.
A saída para essa crise é a renúncia do atual presidente, porque precisamos de um acordo nacional com alguém que cumpra e dialogue com os cidadãos, disse o líder sindical.
Em entrevista a esta agência, a presidente da União Nacional de Educadores (UNE), Isabel Vargas, apoiou o processo de impeachment que está sendo promovido pela Assembleia Nacional (Parlamento) contra o chefe do executivo.
O presidente está ajudando empresários e banqueiros enquanto afirma que não há recursos para a infraestrutura escolar, para a erradicação da violência ou para outras áreas de importância social, disse Vargas.
A marcha em Quito começou em frente à sede do Instituto Equatoriano de Seguridade Social (IESS) – uma instituição que os trabalhadores defendem diante das tentativas de destruí-la – e terminou com um comício na Plaza de San Francisco, no centro histórico da capital.
Os presentes carregavam cartazes com frases contra o presidente Lasso, em defesa do IESS, em rejeição à privatização de áreas estratégicas e em favor dos direitos trabalhistas.
Em outras cidades, como Guayaquil, a mobilização se concentrou em críticas à administração do presidente diante do aumento dos níveis de insegurança, já que no ano passado a taxa de mortes violentas chegou a 25 por 200 mil habitantes e, em 2023, aparentemente será maior do que a taxa atual de homicídios.
Pedimos que eles atendam à educação, à saúde e à criação de empregos, que são as causas para que as organizações criminosas recrutem jovens justamente por causa da necessidade econômica”, disse o líder da UNE.
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