23 de November de 2024
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Marchas do Primeiro de Maio no Equador pedem a destituição de Lasso

Marchas do Primeiro de Maio no Equador pedem a destituição de Lasso

Quito, 1º de maio (Prensa Latina) Milhares de equatorianos saíram hoje às ruas para marchar no Dia Internacional do Trabalhador para exigir melhores condições de trabalho, segurança pública e a saída do presidente Guillermo Lasso.

Este 1º de maio acontece em um contexto de profunda crise política, econômica e ética, e enquanto a criminalidade toma conta do país como nunca antes, afirmou a presidenta da Frente Única dos Trabalhadores (FUT), Marcela Arellano, em declarações à Prensa Latina.

Em sua opinião, essa situação afeta principalmente a classe trabalhadora, e é por isso que eles não estão apenas exigindo direitos trabalhistas, “mas também um Estado a serviço do povo”.

É urgente mudar de rumo, porque no momento o neoliberalismo deixou todos os empregados desprotegidos e esse presidente banqueiro (Lasso) quer um novo Código do Trabalho que não protege ninguém e que é um ataque aos direitos trabalhistas, disse Arellano.

A saída para essa crise é a renúncia do atual presidente, porque precisamos de um acordo nacional com alguém que cumpra e dialogue com os cidadãos, disse o líder sindical.

Em entrevista a esta agência, a presidente da União Nacional de Educadores (UNE), Isabel Vargas, apoiou o processo de impeachment que está sendo promovido pela Assembleia Nacional (Parlamento) contra o chefe do executivo.

O presidente está ajudando empresários e banqueiros enquanto afirma que não há recursos para a infraestrutura escolar, para a erradicação da violência ou para outras áreas de importância social, disse Vargas.

A marcha em Quito começou em frente à sede do Instituto Equatoriano de Seguridade Social (IESS) – uma instituição que os trabalhadores defendem diante das tentativas de destruí-la – e terminou com um comício na Plaza de San Francisco, no centro histórico da capital.

Os presentes carregavam cartazes com frases contra o presidente Lasso, em defesa do IESS, em rejeição à privatização de áreas estratégicas e em favor dos direitos trabalhistas.

Em outras cidades, como Guayaquil, a mobilização se concentrou em críticas à administração do presidente diante do aumento dos níveis de insegurança, já que no ano passado a taxa de mortes violentas chegou a 25 por 200 mil habitantes e, em 2023, aparentemente será maior do que a taxa atual de homicídios.

Pedimos que eles atendam à educação, à saúde e à criação de empregos, que são as causas para que as organizações criminosas recrutem jovens justamente por causa da necessidade econômica”, disse o líder da UNE.

ro/avr/glmv

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