Na véspera, Abinader exortou os setores do país e principalmente “os atores sociais do tripartismo” a desenvolverem um plano para alcançar uma aliança de “longo prazo”, ao encabeçar o ato para 1º de maio convocado pelas centrais sindicais no pavilhão Voleibol, do Centro Olímpico.
Com este compromisso, disse, pretende-se garantir “o aumento planeado, acordado e contínuo dos salários mínimos para que possam cobrir o custo do cabaz básico familiar” e assim dotar a sociedade de “uma base sólida de paz social”.
Enquanto o presidente discursava no evento convocado pelas centrais sindicais, milhares de pessoas marcharam em diversas partes do país por um novo contrato social, aposentadorias justas, melhores condições de trabalho, direito à saúde e reforma da legislação trabalhista, entre outros.
A maior concentração ocorreu nesta capital, onde milhares de pessoas se juntaram à chamada Marcha Popular, organizada pelo partido de oposição Fuerza del Pueblo, do ex-presidente Leonel Fernández.
A chamada de Abinader causou inúmeras reações. A esse respeito, o líder da Confederação de Pequenas e Médias Empresas, Luis Miura, respondeu que o atual código trabalhista e a lei previdenciária “penalizam as empresas do país com custos salariais muito altos”, publicou o Diario Libre.
Miura explicou que “para cada peso de salário, o empregador paga 1,65 pesos que o empregado não vê”, de modo que, se esses custos fossem eliminados, os trabalhadores poderiam receber uma quantia maior para cobrir a cesta. No mesmo sentido, a presidente da Confederação dos Empregadores, Laura Peña, considerou que um acordo como o proposto implica uma discussão profunda que abranja diferentes aspectos e expectativas futuras do desempenho da economia e das empresas.
Peña afirmou que seria sensato considerar quais leis impactam uma discussão como a proposta pelo dignitário.
Por sua vez, o presidente da Confederação Nacional da Unidade Sindical, Rafael Abreu, aplaudiu a iniciativa da Abinader para conseguir “reais compensações salariais”.
Abreu disse ao Diario Libre que o desafio é dos empresários, pois com esta ideia poderão demonstrar que vão trabalhar para alcançar uma sociedade mais equilibrada através do compromisso social.
Enquanto isso, os manifestantes, com faixas contra o alto custo de vida, expressaram nas marchas realizadas em diferentes províncias a necessidade de conciliar critérios para alcançar uma existência digna, algo difícil de conseguir neste país de pouco mais de 11 milhões de habitantes.
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