22 de November de 2024
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Alertam sobre o perigo da inteligência artificial

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Alertam sobre o perigo da inteligência artificial

Washington, 2 mai (Prensa Latina) O cientista Geoffrey Hinton, considerado o pai da inteligência artificial por suas contribuições ao seu desenvolvimento, alertou sobre o risco que o uso inadequado dessa tecnologia representa hoje para a humanidade.

Hinton, que pediu demissão do cargo no Google há um mês, disse ao The New York Times que os novos sistemas de inteligência artificial representam grandes avanços em áreas que vão da pesquisa médica à educação, mas também podem ser uma ferramenta de desinformação.

O especialista, junto com outros especialistas, criticou e expressou os perigos que as empresas de tecnologia correm ao competir para desenvolver produtos baseados em inteligência artificial generativa, como é o caso do Google e da Microsoft.

O informático britânico destacou que a Microsoft introduziu no seu motor de busca o Bing, um chatbot de inteligência artificial, com o qual iniciou uma competição para desenvolver esta tecnologia que, na sua opinião, seria impossível de travar.

Hinton disse que sua preocupação imediata é que a Internet seja inundada com fotos, vídeos, textos e informações falsas, deixando o usuário médio da Internet incapaz de dizer o que é verdade.”

Acrescentou que também desconfia que os sistemas de inteligência artificial afetem o mercado de trabalho, uma vez que ter capacidade para lidar com tarefas rotineiras pode substituir assistentes jurídicos e pessoais, tradutores, entre outras ocupações.

Ele comentou que, como as pessoas e as empresas permitem que os sistemas de inteligência artificial gerem seu próprio código de computador e o executem, eles podem desenvolver comportamentos inesperados, por isso teme-se que essa tecnologia possa um dia dar movimento a armas verdadeiramente autônomas, como robôs assassinos popularizado na ficção científica.

“A ideia de que essas coisas poderiam se tornar mais inteligentes do que as pessoas é algo que alguns acreditavam, mas a maioria achava que estava muito longe da realidade. Eu pensei, entre 30 e 50 anos de distância, ou até mais Obviamente, não penso mais nisso “, disse Hinton. Nesse sentido, declarou na entrevista que se arrependeu em parte por ter criado as bases que deram origem a essa tecnologia. “Eu me consolo com a desculpa de sempre: se eu não tivesse feito, outro teria feito.”

mgt/crc/ls

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