O início da visita à Rússia de Maxim Oreshkin, assessor econômico da presidência russa, parece ter dado o tom para o fortalecimento da cooperação mútua, às vésperas da 20ª sessão da comissão intergovernamental de cooperação entre os dois Estados.

Oreshkin realizou um intercâmbio privado na capital e, mais tarde, em uma sessão plenária com o vice-primeiro-ministro cubano e ministro do Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro, Ricardo Cabrisas, que lembrou a natureza estratégica das relações entre as duas nações.

Em particular, o vice-chefe de governo se referiu à legislação cubana sobre três tipos de investimento estrangeiro. O objetivo é facilitar o investimento de empresas russas, inclusive em projetos voltados para o desenvolvimento local com valores pequenos e médios, acrescentou.

Procuramos promover investimentos para o desenvolvimento da indústria nacional e que contribuam para as exportações para a região da América Latina e do Caribe, disse o funcionário, que co-preside a comissão intergovernamental do lado cubano.

Tanto a Rússia quanto Cuba podem atuar como porta de entrada para os mercados das regiões da Eurásia, da América Latina e do Caribe, respectivamente, disse o ministro cubano, delineando as possibilidades de comércio conjunto.

As exportações de bens produzidos ou montados em Cuba, as empresas com capital russo, explicou, poderão aproveitar os benefícios tarifários resultantes da participação de Cuba nos mecanismos de integração regional e da assinatura de acordos de alcance parcial.

Podemos incentivar futuras intenções na indústria metalúrgica, na ciência, na digitalização e na construção, entre outras, disse o vice-primeiro-ministro.

A alta participação de empresas russas em negócios com investimento estrangeiro em setores prioritários da economia cubana seria um dos objetivos essenciais da Agenda Econômica Bilateral proposta para curto, médio e longo prazo, que será assinada na 20ª sessão da referida comissão, disse Cabrisas Ruíz.

Além disso, o objetivo é assinar um acordo intergovernamental no campo dos investimentos e, assim, incentivar os empresários russos a participar de setores cubanos como mineração, agroalimentar, bancário, financeiro e turístico.

A Rússia está envolvida há vários anos em elementos do Programa de Desenvolvimento Econômico e Social da ilha para 2030, mesmo em meio às dificuldades criadas pela intensificação do bloqueio dos EUA a Cuba e as mais de 10 mil medidas unilaterais aplicadas contra Moscou.

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