O ministro das Relações Exteriores da ilha compartilhou no Twitter um vídeo do vice-porta-voz do Departamento de Estado da nação do norte, Vedant Patel, fugindo das perguntas sobre os diálogos do governo dos Estados Unidos com Cuba para enfrentar o terrorismo ao incluí-lo em sua lista de nações que supostamente patrocinam este flagelo.

Quando questionado repetidamente, Patel disse que essas conversas são padrão e ocorrem em intervalos regulares, referindo-se ao recente intercâmbio técnico entre autoridades de ambos os países sobre cooperação antiterrorista.

Sobre as provas que seu governo teria para manter a nação caribenha na lista de patrocinadores do terrorismo, o governante norte-americano aludiu à já banal justificativa para a violação dos direitos humanos.

No entanto, quando lhe pediram exemplos dessas violações, ele novamente evitou a pergunta; assim como evitou responder se algum país que viola os direitos humanos merece estar nessa lista.

Os Estados Unidos voltaram a incluir Cuba em sua lista unilateral em janeiro de 2021, devido à presença na ilha de membros do Exército de Libertação Nacional da Colômbia (ELN) após o rompimento das negociações com o governo do ex-presidente Iván Duque.

Mas a nova administração colombiana retomou as negociações com o grupo insurgente, e destaca o importante papel de Cuba no processo de paz naquele país, primeiro com as Forças Armadas-Exército Popular da Colômbia (FARC-EP) e agora com o ELN.

O Governo de Gustavo Petro solicitou em diversas ocasiões a retirada de Cuba da lista, porém o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mantém a maior das Antilhas com esse nome, o que causa danos humanos incalculáveis.

De acordo com o Escritório de Washington para assuntos Latino-americanos (WOLA, por sua sigla em inglês), as consequências mais terríveis dessa decisão estão associadas à ajuda humanitária, negócios, investimentos e comércio.

A nomeação cria obstáculos adicionais para a entrega de ajuda humanitária a Cuba em um cenário econômico complexo, agravado pelo endurecimento do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos.

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