Congratulamo-nos com a chegada à cidade de Jeddah dos delegados das partes beligerantes que esperamos que abordem a guerra e a situação humanitária para abrir caminho à paz, afirma um comunicado das referidas organizações.
No entanto, o otimismo dos signatários do acordo-quadro, patrocinado pelos Estados Unidos e Arábia Saudita, dificilmente é compatível com as ações no terreno nesta cidade, que desde 15 de abril é palco de sangrentos confrontos armados.
Pelo menos 551 pessoas perderam a vida, segundo dados recolhidos pela ONU, e mais de 5.000 ficaram feridas, devido aos confrontos que praticamente paralisaram os serviços de saúde desta cidade.
Por enquanto, a direção da RSF evitou pronunciar-se sobre o envio de uma delegação específica às negociações, nem é conhecida a agenda da referida reunião, destacou a rádio local.
As Forças Armadas Sudanesas são chefiadas pelo general Abdelfatah al Burhan, enquanto o general Mohamed Hamdan Degalo, conhecido como Hemedti, comanda o RSF.
Os dois altos funcionários participaram de um golpe de 2021 contra um governo de transição, após a deposição à força do presidente Omar al-Bashir, que estava no poder há quase 30 anos.
No meio do caos criado pela guerra nesta capital, os cidadãos queixam-se do encerramento dos bancos e da subida dos preços.
O confronto eclodiu depois que, além de disputas internas anteriores, Al Burhan ordenou a inclusão do RSF nas Forças Armadas Sudanesas, o que Hemedti rejeitou, lembrou a televisão local.
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