Segundo dados de abril passado da empresa de pesquisas Imasen SA, 82,8% desaprovam a gestão do presidente, que chegaria em 24 de maio após dois anos no poder.
Esse mesmo estudo indica que 69% dos entrevistados acreditam que o governante é culpado das acusações de impeachment.
Foram entrevistadas 1.500 pessoas das províncias de Guayas, Pichincha, Manabí e Azuay, em uma pesquisa com margem de erro de cerca de 2,5%.
A diretora do Imasen, Giovanna Peñaflor, comentou à estação Rádio Sonorama que os resultados revelam como para os cidadãos o país vive hoje “a pior crise da história”, principalmente devido à onda de insegurança, pela qual culpam o Governo por não impedi-la.
Por outro lado, a empresa Perfiles de Opinión divulgou na segunda-feira os números de sua mais recente pesquisa, na qual 84,72% dos equatorianos avaliam a gestão do chefe do Executivo como ruim ou péssima.
O Parlamento unicameral está convocado para uma sessão amanhã terça-feira para discutir o relatório que a Comissão de Auditoria dessa mesma instituição não aprovou porque pediu para arquivar a acusação de Lasso.
Por isso, o plenário da Assembleia Nacional deve determinar – por maioria simples dos votos – se avançam ou não com o procedimento que pode levar à destituição do governante. No caso de aceitar a continuação do processo, em breve haverá outras sessões, nas quais a acusação e a defesa terão direito a pronunciar-se, bem como os membros da assembleia.
O presidente Lasso é acusado de conhecer irregularidades em um contrato de transporte de petróleo bruto entre a empresa pública Flota Petrolera Ecuatoriana e a empresa Amazonas Tanker e, apesar de ser prejudicial ao Estado, nada fez para suspendê-lo.
As organizações sociais convocam seus membros a se manifestarem amanhã fora do Congresso para mostrar aos legisladores o apoio popular ao fim do mandato de Lasso.
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