Em declarações à imprensa, a directora do Instituto Nacional de Luta contra a Sida (INLS), Lúcia Furtado, recordou que os pacientes sem os devidos cuidados, aumentam o risco de agravamento do seu estado serológico, o que é um fenómeno preocupante.
De acordo com a Agência Angola Press (Angop), a especialista partilhou a informação, segunda-feira, com jornalistas na cidade do Huambo, capital da província com o mesmo nome, a cerca de 600 quilómetros a sudeste de Luanda.
Furtado visitou ali vários projectos que estão a ser implementados para o combate ao VIH-SIDA, no âmbito de um programa de emergência lançado em 2016, que conta com financiamento do Governo dos Estados Unidos da América, refere a reportagem.
As unidades sanitárias do país controlam actualmente 145 mil seropositivos, dos quais 15 mil estão em tratamento na província do Huambo, embora infelizmente muitos tendam a abandonar a consulta, incluindo mulheres grávidas, disse a responsável.
Durante o ano de 2022, disse, os hospitais e centros materno-infantis diagnosticaram 20 mil mulheres grávidas com VIH-SIDA; estas pacientes foram encaminhadas para o programa “Nascer Livre para Brilhar” (com vista a prevenir a transmissão vertical do vírus), mas muitas abandonaram o tratamento, disse Furtado.
A Primeira Dama da República, Ana Dias Lourenço, é uma das vozes mais activas nos apelos públicos para eliminar o estigma, a discriminação e o preconceito contra as pessoas infectadas.
A iniciativa ‘Nascer Livre para Brilhar’ denota o compromisso do Estado em tudo fazer para que as crianças nasçam livres da doença e que os infectados recebam tratamento adequado.
Segundo a Ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, a discriminação e os contextos sociais desfavoráveis continuam a ser as maiores barreiras à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento da doença.
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