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Vice-presidente argentina denuncia eliminação de provas sobre ataque

Vice-presidente argentina denuncia eliminação de provas sobre ataque

Buenos Aires, 8 mai (Prensa Latina) A vice-presidente argentina, Cristina Fernández, denunciou hoje o envolvimento de líderes da oposição na eliminação de provas sobre o ataque contra ela em 1º de setembro de 2022.

“É muito impressionante, não só a naturalização da violência política contra mim, mas também o acobertamento da tentativa de assassinato”, escreveu a também presidente do Senado em seu perfil na rede social Twitter.

Oito meses atrás, um indivíduo chamado Fernando Sabag apontou uma arma para a ex-chefe de Estado, mas a arma não disparou.

O homem, sua namorada Brenda Uliarte e outro suspeito (Gabriel Carrizo) permanecem sob custódia, enquanto a juíza María Eugenia Capuchetti se recusou a analisar os vínculos dessas pessoas com a organização de extrema direita Revolución Federal, que recebeu financiamento da empresa Caputo Hermanos, cujo proprietários são parentes do ex-presidente Mauricio Macri.

Recentemente, o vice-presidente publicou um vídeo no qual detalha as relações dos políticos com o atentado e afirma que esse atentado foi “o ato mais grave de uma sucessão de ações violentas contra Fernández naquele ano”.

Segundo esse material, uma testemunha depôs que dois dias antes do atentado, no bar Casablanca, localizado próximo ao Congresso Nacional, ouviu o deputado Gerardo Milman dizer a duas mulheres que o acompanhavam: Quando a matarem, estarei no meu caminho para a costa.

Milman é militante do partido de oposição Proposta Republicana e administrou a área de inteligência durante o período como vice-chefe da Segurança, quando a líder dessa entidade, Patricia Bullrich, era ministra da Defesa, durante o governo Macri (2015-2019).

Segundo o jornal Página 12, Ivana Bohdziewicz, uma das assessoras que estava na barra, pediu na sexta-feira para depor pela terceira vez na Justiça Federal.

Bohdziewicz declarou no ano passado que apagou o conteúdo de seu celular para proteger sua privacidade, mas agora ela revelou que não esvaziou o telefone por vontade própria, mas sim a levaram aos escritórios da Bullrich, onde um especialista fez isso, informou esse meio de comunicação.

ro/gas/ls

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