O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e o governo angolano estão a criar as condições para a transferência, a partir da localidade de Lóvua, província da Lunda Norte, noticiou a agência noticiosa Angop.
Segundo a reportagem, o representante aqui da entidade das Nações Unidas, Vito Trani, confirmou que está em andamento uma investigação para apurar quantos refugiados pretendem retornar ao seu país de origem.
Sem revelar números, o governante assegurou que alguns refugiados já manifestaram o desejo de regressar e, logo que a investigação esteja concluída, irão proceder ao repatriamento voluntário e organizado, acrescenta a revista.
Segundo a fonte, Vito Trani chegou à Lunda Norte, juntamente com uma delegação do Governo dos Estados Unidos, para avaliar eventuais apoios financeiros à integração socioeconómica dos refugiados que pretendem permanecer em território angolano.
Durante a sua estada, a delegação vai conhecer as condições de habitação dos refugiados, os projetos sócio-económicos em curso no acampamento do Lóvua e posteriormente definir os projetos a implementar no assentamento, disse a Angop.
Em maio de 2017, acrescenta a nota, um grupo inicial de 35 mil cidadãos da RDC chegou à província da Lunda Norte, fugindo de atos de violência na zona congolesa de Kassai.
Atualmente, o ACNUR controla 6.506 refugiados no campo do Lóvua e 2.826 na cidade do Dundo, os restantes foram repatriados para o seu país de origem.
Em 5 de maio, a diretora do Departamento de Proteção Internacional do ACNUR, Elizabeth Tan, disse à imprensa em Genebra que existem cerca de 6,2 milhões de deslocados internos na RDC, enquanto mais de 1,3 milhão cruzaram as fronteiras para chegar a outros países africanos em busca de proteção.
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