De acordo com veículos de mídia como a BFM TV e o jornal Le Figaro, a decisão da Prefeitura foi tomada em resposta a uma instrução do Ministro do Interior, Gérald Darmanin, para evitar tais atos devido à rejeição que geram na sociedade.
No sábado anterior, entre 500 e 600 pessoas desfilaram pelo sexto distrito de Paris vestidas de preto, muitas delas mascaradas, e carregando bandeiras pretas com símbolos como a cruz celta e o sol negro (ligado à filosofia ocultista do nazismo).
Diante das críticas e do questionamento do governo por permitir a mobilização, Darmanin anunciou na Assembleia Nacional, na terça-feira, a ordem para proibir tais ações.
De acordo com o Le Figaro, as atividades não autorizadas pela Prefeitura incluem um colóquio e uma manifestação organizada pela Action Française, uma organização de extrema direita que se define como “monarquista, nacionalista e soberana”.
A controvérsia em solo francês sobre a extrema-direita cresceu nos últimos dias, após a renúncia do prefeito de Saint-Brévin, Yannick Morez, cuja casa e dois veículos foram incendiados em março, supostamente por extremistas.
O governo planeja transferir um centro para solicitantes de asilo para Saint-Brévin, um projeto ao qual se opõem organizações e indivíduos de extrema direita, em especial a Reconquista, liderada pelo polêmico ex-candidato presidencial Éric Zemmour, denunciado pela natureza racista e discriminatória de suas declarações.
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