Após a disputa nas urnas na véspera, o AKP, com resultado próximo aos 34,3% de sua abertura nas eleições parlamentares de 2002, poderia manter a coalizão com o Partido Ação Nacionalista (MHP), com pouco mais de 10 pontos de preferência, abaixo dos 16,3 de 2015.
O partido radical Yeniden Refah teve apenas 3% dos votos a nível nacional, menos do que os sete necessários para entrar no corpo legislativo, embora os seus bons resultados na região da Anatólia lhe permitam enviar cinco deputados à Assembleia Nacional.
Das 600 cadeiras, 268 devem ficar sob o controle da APK, abaixo das 285 que tinha até agora, mas chegaria à maioria de 324 assentos juntamente com os do MHP e do Yeniden Refah, comentou a televisão capital.
O Partido Republicano do Povo (CHP), do candidato presidencial Kemal Kilicdaroglu, embora chegue aos 167, com um aumento de 33 assentos, continuará na oposição, mesmo com o apoio dos 44 assentos do IYI (Partido Bom) e dos 62 da esquerda curda.
Os analistas prevêem que o resultado das eleições legislativas influenciará a segunda volta das eleições presidenciais de 28, quando o Presidente Recep Tayyip Erdogan defrontará Kilicdaroglu, depois de ambos terem ficado abaixo dos 50% dos votos. Erdogan defende a manutenção de relações vantajosas e mutuamente benéficas com a Rússia, buscando uma solução negociada para o conflito na Ucrânia e posicionando-se como potencial regional, com política independente, inclusive dentro da Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Kilicdaroglu promete uma maior aproximação com a União Europeia, embora esta prolongue há mais de duas décadas o processo de entrada deste país naquele bloco, e uma recomposição das relações com a aliança atlântica, especialmente com os Estados Unidos, entre outros tópicos.
O candidato da oposição promete também uma ligação muito mais pragmática com a Rússia, um dos seus principais parceiros comerciais e principal emissor de turistas para esta nação, destacou a imprensa desta cidade.
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