Os oficiais uniformizados dirigirão seus esforços em particular para a avenida Eusebio Ayala, em frente à sede do corpo eleitoral, de onde os manifestantes exigem uma auditoria ou recontagem dos votos, informou o subcomandante daquela força, Baldomero Jorgge, citado pela ABC Television.
Esta nova força destacada na área -explicou o oficial- contará com o apoio de outros 800 policiais de choque e vários hidrantes, junto com a contribuição de representantes do Instituto Paraguaio dos Povos Indígenas a numerosos indígenas entre os insatisfeitos.
As tropas tentarão deslocar os manifestantes contra o resultado das eleições, que proclamou vencedor Santiago Peña, do governamental Associação Republicana Nacional-Partido Colorado, com 42% dos votos.
A Polícia – explicou o Subcomandante Jorgge – vai inicialmente recorrer ao diálogo para convencer os mobilizados a desocupar as imediações da sede da Justiça Eleitoral, mas, “se isso não for conseguido, usaremos a força. Temos os poderes legais”, disse.
O TSJE anunciou na sexta-feira passada sua recusa em recontar os votos das eleições e convocar uma auditoria internacional das urnas e seu sistema operacional, solicitada por diversos partidos políticos.
Uma Ordem Interlocutória do Tribunal argumenta que o escrutínio de uma eleição gerais deve ser realizada no mesmo local da votação dos membros da mesa de voto e não num local privado com apenas alguns dos atores políticos.
O corpo eleitoral manifestou através deste tipo de comunicado, um despacho processual sem necessidade de deliberação sobre os direitos das partes, que admitir a recontagem “é comprometer e deixar todo o processo de escrutínio primário das autoridades de mesa em causa”.
Ambas as demandas são feitas pelo Partido da Cruzada Nacional, liderado pelo ex-candidato paraguaio Cubas, que ficou em terceiro lugar nas eleições (23% dos votos), e pela oposição Concertación Nacional do ex-candidato Efraín Alegre (28% dos votos), juntamente com o Autêntico Partido Radical Liberal.
Os protestos Iniciadas em 1º de maio, poucas horas após o término das eleições de 30 de abril, incluíram atos violentos como a destruição de ambulâncias e viaturas policiais e foram reprimidas pela tropa de choque.
10 feridos e mais de 100 detidos, muitos deles com penas até cinco anos de prisão, resultaram das manifestações iniciadas no início do mês sob a liderança de Cubas, também detido e agora indiciado pela Justiça.
mgt/apb/ls