A LAI foi criada para dar mais transparência e facilitar a fiscalização do governo.
No ato de assinatura de três decretos, Lula afirmou que “a luz da transparência é fundamental para que o poder público não adoeça nem viva no escuro”.
Atualmente, o sistema de solicitação de informações, Fala.BR, já oferece ao solicitante a opção de solicitar a preservação de sua identidade.
O novo dispositivo formaliza a existência dessa opção no regulamento da LAI.
Segundo o controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, as solicitações dos mais de 300 órgãos do governo federal serão mais rápidas com as mudanças implementadas pelo decreto assinado por Lula.
Para Carvalho, a classificação da informação como reservada e confidencial também deveria ser explicada de forma mais explícita e fundamentada pelos órgãos públicos.
Uma das mudanças é o segredo de 100 anos, previsto para informações pessoais relativas à privacidade, vida privada, honra e imagem.
O novo decreto acrescenta que a existência destes dados num documento a que foi solicitado o acesso não impede a divulgação de outras informações nele constantes.
Ainda segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), Lula também assinou portaria que institui o Conselho de Transparência, Integridade e Combate à Corrupção, em substituição ao atual colegiado, e que conta com forte participação da sociedade civil.
A proposta traz diretrizes de atuação da CGU como no combate à corrupção, controle social para monitoramento e fiscalização da aplicação dos recursos públicos, governo aberto, transparência e acesso às informações públicas.
Um terceiro preceito assinado pelo governante cria o Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação e a Política de Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública federal.
“O decreto também fortalecerá a CGU como órgão articulador da agenda de transparência do governo federal, na agenda de acesso à informação, tornando obrigatórias as manifestações da CGU para todo o governo”, disse Carvalho.
Segundo Lula, são muitas as mudanças trazidas pela Lei de Acesso à Informação, de 2012, e nesse sentido ele citou o jornalismo.
“Antes da lei, poucos profissionais da imprensa tinham acesso a documentos que deveriam ser públicos”, porém, agora os jornalistas têm acesso a dados de melhor qualidade para informar a população, observou.
ro/ocs/ls