29 de November de 2024
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Equador e a contagem regressiva do julgamento político de Lasso

Equador e a contagem regressiva do julgamento político de Lasso

Por Adriana Robreno
Quito, 17 mai (Prensa Latina) Os equatorianos continuam hoje esperando o resultado do processo de impeachment contra o presidente Guillermo Lasso, já que a votação final pode ocorrer no próximo fim de semana e as previsões ainda são reservadas. Nesta quarta-feira a partir das 09h30 (horário local) os debates continuam no plenário da Assembleia Nacional (parlamento), onde na véspera intervieram quase 40 deputados da casa.

Cada um dos 137 membros da assembleia tem o direito de falar por 10 minutos para se manifestar sobre o processo que pode levar à destituição do presidente por acusações de peculato.

O chefe de Estado deslocou-se nesta terça-feira para o Parlamento para tentar defender-se durante um discurso no qual preferiu acusar os seus interpelantes e apelar à estabilidade para tentar afirmar com provas a sua tão proclamada inocência.

Ele só se referiu a essa questão no início de seu discurso, quando descartou a existência de um contrato de transporte de petróleo com irregularidades e assinado durante seu mandato.

Lasso teve três horas para se defender e uma hora para responder, mas falou por apenas 50 minutos e muitos criticaram sua apresentação por focar em supostas conquistas de seu governo, como se fosse um relatório à nação.

“De que país o banqueiro está falando? Adoraria ir morar lá”, declarou o sociólogo Agustín Burbano, aludindo aos números de emprego, saúde e moradia mencionados pelo presidente.

“O país decente despreza suas mentiras. Seu papel político é perverso para o povo. Sua filosofia neoliberal descarta a vida humana. E sua recompra da presidência não pode legitimar o comércio com legisladores sem escrúpulos”, disse a socióloga Carol Murillo.

O governante, que segundo as pesquisas é rejeitado por 80% dos cidadãos, é o primeiro presidente na história democrática do Equador a enfrentar um impeachment.

A deputada Viviana Veloz, uma das interpeladas, apresentou argumentos para provar que o presidente sabia das irregularidades em um contrato entre a estatal Flota Petrolera Ecuatoriana e a Amazonas Tanker, acordo prorrogado durante seu mandato.

O presidente Lasso não se cercou nas petrolíferas de pessoas honestas como anunciou em entrevistas, e isso viabilizou a estrutura de corrupção, disse Veloz, que apresentou documentos e vídeos aos seus colegas parlamentares para comprovar a acusação.

Enquanto as discussões seguem na Assembleia, há incerteza sobre o resultado do processo de impeachment, promovido principalmente pela bancada da aliança correista (do ex-presidente Rafael Correa) União pela Esperança, que integra militantes do Revolução Cidadã e do Partido Social Cristão.

Nem a oposição nem o partido no poder confirmam ter os votos necessários para afastar (92) ou salvar (45) o presidente e a decisão de para que lado penderá a balança parece estar nas mãos dos blocos do Pachakutik e da Esquerda Democrática, divididos internamente.

A contagem regressiva para definir o futuro de Lasso e do país está em andamento e neste momento há três cenários possíveis: o afastamento do presidente, sua permanência no cargo ou a morte cruzada, esta última nas mãos do presidente.

oda/avr/cm

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