8 de January de 2025
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Pulsar político na Espanha entre Sánchez e Feijóo

Pulsar político na Espanha entre Sánchez e Feijóo

Madri, 17 mai (Prensa Latina) As eleições gerais na Espanha serão no final de 2023, mas a batalha política é hoje entre o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, e o líder da oposição, Alberto Núñez Feijóo.

Um assalto antecipado à disputa pelo Palácio da Moncloa, atualmente nas mãos de Sánchez, também líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), e almejado pelo conservador Partido Popular (PP) liderado por Núñez Feijóo.

No entanto, estamos às vésperas das eleições regionais e municipais de 28 de maio (M28), das quais podem surgir pistas sobre o que acontecerá por volta do mês de novembro se a esquerda com o PSOE à frente ou a direita, com o PP, conseguirem desequilibrar a balança.

Sánchez lançou-se ao debate com Feijóo no Senado com base nas críticas lançadas pelo bloco de direita (incluindo os ultranacionalistas do Vox e os centristas do Ciudadanos), sobre a nomeação por EH Bildu de ex-integrantes do ETA.

Segundo o chefe do Executivo, no seu desespero, a única coisa que o PP tem é a ETA para o acusar de ser supostamente submisso a Bildu e “mais generoso com os algozes do que com as vítimas”.

A polêmica surgiu a partir da presença de 44 exintegrantes do ETA nas listas do EH Bildu e da renúncia de sete deles, condenados por assassinatos.

“Quando na Espanha o ETA não é nada, para ti o ETA é tudo (…) No seu desespero, o ETA, mesmo que não exista, é a única coisa que têm”, disse Sánchez, dirigindo-se a Feijóo.

Mas o líder do PP exigiu garantir ao primeiro-ministro que “acabou o seu pacto com Bildu, porque ou rompe com Bildu ou rompe com a decência”.

A briga continuou com Sánchez acusando o PP de falta de escrúpulos, lembrando como exemplo a atitude deste partido após os atentados de 11 de março de 2004, quando o Governo de José María Aznar “mentiu, manteve descaradamente essa mentira e difamou as vítimas daquela tragédia para um interesse eleitoral”.

A tragédia do trem 11M na estação de Atocha deixou 193 mortos e, apesar das tentativas de Aznar e do candidato do PP, Mariano Rajoy, de culpar o ETA, ficou claro que a autoria esteve a cargo de um comando terrorista da Al Qaeda.

Para muitos analistas, o próprio fato pendia a balança para o PSOE que chegava ao Governo, com José Luis Rodríguez Zapatero à frente.

Rodríguez Zapatero é justamente creditado por ter acabado com o ETA.

De qualquer forma, as eleições regionais e municipais estão entrando em sua fase decisiva, e outras organizações como Izquierda Unida (IU), Podemos e Vox estão desenvolvendo suas campanhas em todo o país.

oda/ft/cm

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