Ao fazer o balanço das vítimas após os confrontos entre as forças beligerantes, iniciados em 15 de abril, a organização de médicos indicou que até o momento foram contabilizados mais de 3.215 feridos.
A entidade detalhou ainda que a cidade de El Geneina, capital do estado de Darfur, surge como uma das zonas onde se registaram elevados números de mortos e feridos, com 280 e 169, respectivamente.
Soma-se a isso o fato de que, segundo relatório recente do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, o conflito provocou cerca de um milhão de deslocados e refugiados, que, no caso destes últimos, foram para países vizinhos.
Diante da complexa situação humanitária no Sudão, as Nações Unidas estimam que são necessárias doações de cerca de três bilhões de dólares para fornecer recursos, como alimentos, água e itens de higiene, a populações vulneráveis.
Enquanto Cartum, a capital do país, e outras áreas estão sob tensão em meio a confrontos entre tropas do governo e o RSF, ambas as entidades se acusam de atacar cidades onde residem populações civis.
Várias organizações, incluindo as Nações Unidas, manifestaram recentemente a sua satisfação pela assinatura de um acordo preliminar entre as partes em conflito no Sudão, como base inicial para a cessação das hostilidades.
A chamada Declaração de Jeddah, assinada na Arábia Saudita pelo Exército e pelos paramilitares RSF, também foi bem recebida pela União Africana (UA) e pela Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento da África Oriental (IGAD).
O documento constitui um passo importante para proteger os civis e preservar a sua dignidade, considerado através de um comunicado o mecanismo tripartido para alcançar a paz no Sudão, constituído pela ONU, UA e IGAD.
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