Esse é o resultado das posições que a bancada de senadores da FA apresentou durante uma interpelação de vários ministros e do conselho de administração das Obras Sanitárias do Estado (OSE).
Nesse sentido, a Frente solicitou a criação de um comitê de crise de todos os partidos para ajudar a resolver o problema, que está associado à seca persistente do país.
De acordo com o legislador Enrique Rubio, os atores sociais e acadêmicos também devem estar envolvidos, e ele pediu o início de “um processo de diálogo e acordo nacional para realizar grandes obras com uma perspectiva para 2045”.
A bancada da Frente Ampla pediu ao presidente Luis Lacalle Pou que destituísse de seus cargos o diretor da OSE, Raúl Montero, e a vice-presidente da entidade, Susana Montaner.
Rubio disse à imprensa que seu partido propôs medidas ao executivo, cuja política de comunicação sobre o problema ele criticou por ignorar a necessidade de participação dos cidadãos.
Por sua vez, o legislador Alejandro Sánchez, também da FA, disse que as autoridades cortaram o orçamento da OSE em investimentos e pessoal, o que agrava a crise hídrica.
Do lado do governo, os ministros da Saúde Pública, Karina Rando, e do Meio Ambiente, Robert Bouvier, e o diretor da OSE defenderam as ações do governo para resolver o problema do abastecimento e da qualidade da água.
Bouvier enfatizou que a estratégia adotada tem como objetivo evitar cortes nos serviços regulamentados.
Ao mesmo tempo, o Ministro da Saúde apontou que a necessidade de manter a disponibilidade tornou necessário tomar medidas que aumentaram os níveis de íons na água da OSE, ou seja, cloretos e sódio.
Rando advertiu que “novos aumentos na salinidade dependerão das medidas tomadas pela OSE e da quantidade de reservas de água existentes”.
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