De acordo com o relatório dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, os opioides sintéticos causaram cerca de 75.000 mortes no ano passado, enquanto a ingestão de outras substâncias viciantes, como o tranquilizante veterinário xilazina, aumenta os perigos de seu uso.
A contagem preliminar de 109.680 mortes por overdose foi apenas um pouco maior do que a de 2021, quando cerca de 109.179 pessoas morreram, segundo dados divulgados pela entidade.
As mortes por esta causa aumentaram significativamente nesse último ano e também no anterior, aumentando perto de 17 por cento em 2021 e 30 por cento em 2020.
Um artigo do The New York Times estimou que o número de mortes de seis dígitos é outro sinal de que os esforços do país para reparar os danos de um suprimento de drogas cada vez mais complexo e mortal ainda estão longe de serem concluídos.
As overdoses contribuíram para o declínio da expectativa de vida nos Estados Unidos e são uma das principais causas de morte no país, segundo o texto.
Acrescentou que, desde a década de 1970, o número de pessoas que morreram por esse motivo cresce todos os anos, com exceção de 2018.
Os aumentos acentuados em 2020 e 2021 “foram impulsionados em grande parte pela disponibilidade de fentanil em muitas partes do país”, explicou o Dr. Wilson M. Compton, vice-diretor do Instituto Nacional de Abuso de Drogas, que faz parte do Institutos Nacionais de Saúde.
Por sua vez, o Dr. Daniel Ciccarone, professor de medicina familiar e comunitária da Universidade da Califórnia, alertou que, embora não pareça ter havido um grande aumento em relação ao ano anterior no número de mortes por abuso de substâncias, “este não implica um sinal de mudança permanente.”
O especialista alertou para a tendência contínua de mortes entre pessoas desconhecidas que usam pílulas falsificadas misturadas com fentanil.
A contagem de mortes por overdose em 2022 foi uma estimativa e pode mudar à medida que o governo revise mais registros estaduais, alertaram as autoridades.
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