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Água subterrânea na solução para a crise hídrica no Uruguai

Água subterrânea na solução para a crise hídrica no Uruguai

Montevidéu, 19 mai (Prensa Latina) Uso e gestão da água subterrâneo pode ser parte da solução para a crise de água no Uruguai, particularmente em Montevidéu e sua região metropolitana, comentou aqui hoje um especialista no assunto.

É a doutora em Ciências Geológicas, Paula Collazo, que abordou o tema em uma entrevista televisiva e definiu o aquífero como uma formação geológica capaz de armazenar água em grandes volumes e que o homem tem condições de usar.

Ela disse que entre 65 e 70% do território uruguaio tem aquíferos fraturados, “que não formam um muito produtivo”.

Explicou que o aquífero Raigon, no sul, que alimenta parte da área de Montevidéu, está superexplorado.

Alertou que em algumas áreas existem quantidades elevadas de arsênico na casa das centenas, o que ressalta a importância das investigações hidrogeológicas.

No entanto, a especialista disse que a gestão da água subterrânea em Montevidéu e sua região metropolitana, poderia resolver o abastecimento do líquido vital em áreas críticas e a qualidade do que hoje é

distribuído pela estatal Obras Sanitárias do Estado (OSE).

Dada a persistente seca e o baixo fluxo do rio Santa Lucía, que abastece esta capital, a OSE começou a misturar as águas obtidas mais a jusante, ligadas ao estuário do Rio da Prata, que desemboca no Oceano Atlântico.

Isso elevou os níveis de cloretos e sódio na água, que sai da torneira desta cidade, cuja qualidade o ministro do Meio Ambiente, Robert Bouvier, qualificou de “não potável”, mas “potável”.

Por sua vez, a Ministra da Saúde Pública, Karina Rando, exortou as grávidas, bebês e doentes com diversas doenças a beberem água engarrafada.

Sobre o potencial hidrológico da capital, Paula Collazo assegurou que existe um aquífero interligado na bacia do rio Santa Lucía, mas faltam estudos sobre sua espessura, níveis permeáveis, qualidade e volumes disponíveis.

Ele acrescentou que tais estudos devem começar no curto prazo.

mem/ool/ls

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