É a doutora em Ciências Geológicas, Paula Collazo, que abordou o tema em uma entrevista televisiva e definiu o aquífero como uma formação geológica capaz de armazenar água em grandes volumes e que o homem tem condições de usar.
Ela disse que entre 65 e 70% do território uruguaio tem aquíferos fraturados, “que não formam um muito produtivo”.
Explicou que o aquífero Raigon, no sul, que alimenta parte da área de Montevidéu, está superexplorado.
Alertou que em algumas áreas existem quantidades elevadas de arsênico na casa das centenas, o que ressalta a importância das investigações hidrogeológicas.
No entanto, a especialista disse que a gestão da água subterrânea em Montevidéu e sua região metropolitana, poderia resolver o abastecimento do líquido vital em áreas críticas e a qualidade do que hoje é
distribuído pela estatal Obras Sanitárias do Estado (OSE).
Dada a persistente seca e o baixo fluxo do rio Santa Lucía, que abastece esta capital, a OSE começou a misturar as águas obtidas mais a jusante, ligadas ao estuário do Rio da Prata, que desemboca no Oceano Atlântico.
Isso elevou os níveis de cloretos e sódio na água, que sai da torneira desta cidade, cuja qualidade o ministro do Meio Ambiente, Robert Bouvier, qualificou de “não potável”, mas “potável”.
Por sua vez, a Ministra da Saúde Pública, Karina Rando, exortou as grávidas, bebês e doentes com diversas doenças a beberem água engarrafada.
Sobre o potencial hidrológico da capital, Paula Collazo assegurou que existe um aquífero interligado na bacia do rio Santa Lucía, mas faltam estudos sobre sua espessura, níveis permeáveis, qualidade e volumes disponíveis.
Ele acrescentou que tais estudos devem começar no curto prazo.
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