Beirute, 20 Mai (Prensa Latina) Enfrentar desafios comuns e consolidar entendimentos entre países expressam hoje o roteiro traçado pelos Estados árabes após a Cúpula de Jeddah.
Refletindo os avanços da região em direção ao diálogo e à estabilidade, o encontro anual realizado na Arábia Saudita estabeleceu a necessidade de fortalecer valores, alianças e cooperação para manter a segurança e a soberania de suas nações.
A reafirmação da centralidade da causa do povo palestino e o retorno das relações árabes com a Síria foram vitórias da 32ª reunião do Conselho de Alto Nível, que definiu a posição de um renascimento abrangente em todos os campos em correspondência com os acontecimentos mundiais.
Nesse sentido, a declaração final da Cúpula Árabe apelou para um futuro que satisfaça as esperanças e aspirações dos povos com o objetivo de alcançar benefícios comuns para a região sem interferência estrangeira.
Aliás, o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, destacou a determinação em resolver os problemas dos “países por nós mesmos, isolados da visão de potências externas”.
No encerramento do encontro de presidentes, primeiros-ministros e dirigentes, o responsável da entidade destacou o início de um novo caminho para os estados da região assente no desenvolvimento e construção.
Uma rejeição total recebeu a ocupação israelense ante seus repetidos ataques e violações; e o texto final da Cúpula exortou a comunidade internacional a assumir suas responsabilidades e deter os crimes de Tel Aviv; bem como intensificar os esforços para alcançar uma solução abrangente e justa para a causa palestina.
A urgência de um cessar-fogo no Sudão e a reafirmação do apoio à estabilidade e às aspirações do povo do Iémen foram questões presentes no comunicado.
Enquanto isso, os presentes exortaram os partidos no Líbano a entrar em diálogo para eleger um presidente que atenda às aspirações do povo e adote as reformas necessárias para tirar a nação de sua pior crise nos tempos modernos. A declaração de Jeddah exigia o fim da interferência estrangeira nos assuntos internos dos países árabes e a rejeição total do apoio à formação de grupos armados e milícias fora do escopo das instituições estatais.
Na ordem econômica, eles enfatizaram a importância de investir em tecnologia para alcançar um renascimento industrial e agrícola árabe abrangente, além de sustentar as cadeias produtivas de alimentos básicos e elevar o nível de comprometimento do setor cultural com as metas de desenvolvimento sustentável.
Na opinião de analistas, os países árabes estão iniciando uma nova página na história de suas relações distantes do projeto dos Estados Unidos na região, pautadas no diálogo, na tolerância, na abertura e na não ingerência nos assuntos alheios sob qualquer pretexto.
ro/yma/ans