23 de November de 2024
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Crise hídrica persiste no Uruguai

Crise hídrica persiste no Uruguai

Por Orlando Oramas Leon

Montevidéu, 22 mai (Prensa Latina) A Forma da Água, premiado filme do diretor Guillermo del Toro, tem suas diferentes evocações aqui hoje, em meio à crise hídrica que o Uruguai enfrenta Sofrimento.

Especialmente para aqueles que recebem o serviço atual da empresa pública Obras Sanitarias del Estado (OSE).

Essa dependência recorreu a fontes que aumentam os valores de cloreto e sal na água que é distribuída para a população de Montevidéu, Canelones e áreas urbanas.

A estratégia do governo de “esticar” o líquido vital causou atritos políticos e definições de diretores executivos.

Segundo a OSE, a água é extraída de fontes próximas ao estuário do Rio da Prata, que deságua no Oceano Atlântico.

A responsável pela Saúde Pública, Karina Rando, recomendou às grávidas, bebês e pessoas com várias doenças o consumo de água engarrafada.

A situação desencadeou a compra do vital líquido engarrafado, em benefício de diversas empresas estrangeiras, entre elas a Coca Cola. Mas é uma opção fora do alcance das famílias uruguaias, que o governo busca alcançar, segundo seus planos implementados por diversos órgãos, que se somam a iniciativas da Prefeitura de Montevidéu.

A oposição Frente Ampla e outros grupos sociais, incluindo o sindicato PIT-CNT, consideram que o gabinete demorou a responder à situação da água.

Do lado do governo, o Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) agiu de forma avançada quando a persistente seca anunciou perdas em produtos agrícolas, com forte impacto nas exportações uruguaias.

Aqui vigora a emergência agrícola que contempla medidas para ajudar os produtores.

Aparentemente, segundo as críticas que hoje se repetem, o governo do presidente Luis Lacalle Pou teve um mau cálculo sobre os efeitos sobre a população.

Uma de suas respostas, entre outras, é a construção de uma barragem no rio Santa Lúcia, para aproveitar a maré alta daquele manancial, essencial para a capital.

Existem outros planos anteriores do Executivo, como o projeto Arazatí que prevê a construção de infraestrutura para tornar a água potável em benefício de 60 localidades, mas isso levará tempo e a crise atual não pode esperar.

jf/ool/ls

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