Segundo o vice-chanceler, os dados sobre as armas nucleares norte-americanas, recentemente divulgados pelo Departamento de Estado, procuram confundir e não obedecem às regras de contagem previstas no Tratado de Armas Nucleares, destacou a agência noticiosa Sputnik.
O diplomata alertou que os norte-americanos não contaram mais de uma centena de armas nucleares e qualificou de hipócrita a tentativa dos Estados Unidos e de outros países ocidentais de somar pontos políticos com informações “fictícias” sobre seus arsenais nucleares.
Riabkov referiu-se especificamente às armas nucleares da França e da Grã-Bretanha, que estão além do escrutínio.
“Qualquer número pode ser publicado. O mundo se lembra da facilidade e do desprezo pela opinião da comunidade internacional com que o Reino Unido elevou recentemente o teto de suas ogivas nucleares em mais de um terço”, enfatizou.
Ele acrescentou que os países ocidentais, com suas narrativas sobre arsenais nucleares, buscam apenas exercer pressão psicológica e militar contra a Rússia e a China.
O vice-ministro indicou que no recente apelo do G7 para restabelecer a validade do tratado START III sobre armas nucleares, não se vislumbra a menor intenção de levar em conta o arsenal nuclear como um todo da Organização do Tratado do Atlântico Norte, das quais fazem parte, três potências nucleares.
“Sem isso não é possível discutir seriamente esta questão. Acho que o Ocidente lamenta ter se privado da possibilidade de fortalecer sua própria segurança por meio do diálogo e das negociações”, acrescentou Riabkov.
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