A chamada avó do rock faleceu ‘depois de uma longa doença’ em sua casa em Kusnacht, perto de Zurique, Suíça.

Turner teve uma carreira de mais de cinco décadas e, “com ela, o mundo perde uma lenda da música e um modelo a seguir”, refere um comunicado do seu agente.

A artista estava reformada desde 2013 e sofria de cancro do intestino, diagnosticado em 2016, e de um transplante de rim em 2017.

Ela se tornou uma das maiores artistas de todos os tempos, conhecida por sucessos como What’s Love Got to Do with It e The Best.

A sua carreira foi celebrada em todo o mundo e recebeu inúmeros prémios e elogios durante a sua carreira como intérprete, dançarina, coreógrafa e compositora.

Ela colocou uma dúzia de canções no Top 40, incluindo “Typical Male”, “The Best”, “Private Dancer” e “Better Be Good to Me”.

O seu espectáculo de 1988 no Rio de Janeiro atraiu 180 mil pessoas, ainda hoje uma das maiores audiências de concertos para um único artista.

A cantora nasceu Anna Mae Bullock em Brownsville, Tennessee, EUA, em 1939.

A sua infância foi marcada por dificuldades, pobreza e negligência dos pais, e foi aí que a sua voz começou a emergir.

Começou a sua carreira nos anos 50, quando se juntou à banda de Ike Turner (seu marido) como cantora de apoio.

Mas não demorou muito para que seu talento e carisma a levassem para a frente do palco.

A par das suas actuações, viveu um casamento cheio de mágoas, violência sexual, dependências e tentativas de suicídio.

Após uma batalha legal pelo divórcio, decidiu relançar a sua carreira.

Sucessos anteriores como Proud Mary foram seguidos por Private Dancer, Better Be Good to Me e, acima de tudo, What’s Love Got To Do With It.

A sua carreira como ícone do rock já estava estabelecida quando lançou aquela que muitos consideram ser a sua melhor canção, The Best.

A sua própria vida também foi transformada num filme em 1993, What’s Love Got To Do With It.

Vendeu mais de 150 milhões de discos em todo o mundo, ganhou 12 prémios Grammy, foi introduzida com Ike no Rock and Roll Hall of Fame em 1991 (e sozinha em 2021).

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