Através de seu perfil na rede social Twitter, o diplomata lembrou que o evento ocorreu “em meio a uma mudança de época, quando prevaleceu a busca do bem comum, e inaugurou uma nova etapa nas relações bilaterais”.
O então chefe de Estado do país caribenho visitou a Argentina para assistir à tomada de posse de Kirchner em 25 de Maio de 2003 e, no dia 26, discursou perante uma multidão reunida nas escadas da Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires.
Nessa ocasião, o Comandante-em-Chefe destacou a vitória popular da Argentina sobre o neoliberalismo e sublinhou o exemplo do guerrilheiro Ernesto Guevara (1928-1967), que considerou um dos homens mais nobres, extraordinários e altruístas.
Além disso, agradeceu aos milhares de pessoas presentes na faculdade, que enviaram uma mensagem “àqueles que sonham em bombardear a nossa pátria (….), em destruir o povo que foi portador da Revolução e foi capaz de resistir a mais de 40 anos de bloqueios, agressões e ameaças”.
Penso – porque sou um optimista – que este mundo pode ser salvo, apesar dos erros cometidos, apesar dos poderes imensos e unilaterais que se criaram, porque acredito na preeminência das ideias sobre a força”, disse num outro ponto do seu discurso.
Inicialmente, estava previsto que participasse num encontro com estudantes, autoridades universitárias e membros de organizações de defesa dos direitos humanos na Aula Magna daquela instituição, mas começaram a juntar-se muitas pessoas à volta do local e o líder cubano decidiu falar-lhes.
Um dia, disse-lhes que não podíamos e nunca faríamos ataques preventivos e de surpresa contra qualquer canto obscuro do mundo; mas que, por outro lado, o nosso país era capaz de enviar os médicos necessários. Médicos, não bombas, disse ele na altura.
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