O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas indicou que cerca de 20 caminhões com abastecimentos do Fundo das Nações Unidas para a Infância e da Organização Internacional para as Migrações seguem para vários pontos do país.
Segundo testemunhas, os confrontos entre as facções rivais haviam recomeçado no dia anterior nesta capital e na vizinha Omdurman, bem como na cidade de El Obeid, no sudoeste do país. Enquanto isso, aviões militares de reconhecimento sobrevoavam Omdurman e Cartum.
Fontes das Nações Unidas destacaram esta sexta-feira que as agências humanitárias estão tentando ajudar o maior número possível de pessoas, naquelas zonas do Sudão onde estão respeitando o cessar-fogo acordado entre o Exército e os paramilitares.
As partes em conflito no Sudão chegaram a um acordo de cessar-fogo, com mediação internacional, na semana passada na cidade saudita de Jeddah, onde se comprometeram a permitir a abertura de corredores humanitários e a respeitar hospitais e outras unidades de saúde.
Segundo fontes médicas, as mortes de civis se aproximam de 1.000, incluindo 190 crianças, e já há mais de 6.000 feridos, além de um número ainda desconhecido de desaparecidos.
Os confrontos eclodiram no dia 15 de abril devido a contradições em meio a um processo de integração das Forças de Apoio Rápido, liderado por Mohamed Hamdan Dagalo, vice-presidente do Conselho Soberano de Transição (CST) nas Forças Armadas, e chefe do Presidente do Exército e CST, Abdelfatá al Burhan.
Ambos, com patente de general, disputaram o controle do país após a derrubada do presidente Omar al Bashir em 2019.
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