Em nota, o Itamaraty especificou que solicitou à OMC que determine a razoabilidade de uma reclamação argentina de ações antidumping estabelecidas pelo país do norte.
Medidas desse tipo são um recurso utilizado contra a concorrência desleal que consiste na exportação de produtos a preço inferior ao preço normal de venda, o que causa prejuízo aos produtores locais, explica o texto.
No entanto, a Argentina considera que a prova não foi adequadamente examinada nem há provas suficientes para justificar as referidas disposições contra ela.
Além disso, alega que são incompatíveis com as obrigações que correspondem aos Estados Unidos sob as normas internacionais.
A medida afeta a comercialização de tubos para campos de petróleo, produto siderúrgico de alto valor agregado utilizado na indústria.
As exportações argentinas foram seriamente afetadas desde novembro de 2022 pela decisão de Washington. As tentativas de encontrar uma solução mutuamente acordada foram infrutíferas, de modo que o governo recorreu à OMC em busca de um novo órgão negociador para defender seus interesses, detalha o Itamaraty.
Vale destacar que as exportações argentinas de tubos estão sujeitas a uma cota imposta em 2018, que limita as vendas internas a um volume que não prejudique o mercado norte-americano, acrescenta.
Além disso, aponta que a medida antidumping – com validade de cinco anos – geraria um prejuízo de um bilhão de dólares nesse período.
Essa ação não alivia o alegado dano à indústria dos EUA. Simplesmente facilita a substituição dos tubos argentinos naquele mercado por outros de outras origens a um preço ainda mais baixo, conclui.
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