Uma nota publicada no site deste sindicato, um dos mais importantes do país, indica que com esta ação os trabalhadores protestam contra “as selvagens privatizações” naquele setor.
Refere-se ainda “às pesadas responsabilidades dos trabalhadores, sem níveis de segurança adequados, com fortes penalizações salariais que agravam ainda mais as condições da atual crise econômica e do custo de vida”.
Como reclamação específica, apresenta a inclusão de 300 euros líquidos de imediato na folha de vencimentos, bem como a vinculação dos vencimentos à inflação real, com um mínimo de 10 euros por hora, bem como a regulação de preços e taxas.
Esta greve, que inclui trabalhadores de empresas públicas e privadas, afeta principalmente os serviços ferroviários, marítimos e de táxi em todas as regiões, com exceção da Emilia Romagna, que está em estado de emergência devido às recentes inundações, diz a fonte.
Na convocação desta greve geral, publicada em 11 de maio, seus organizadores afirmavam que “milhões de trabalhadores sofrem com o constante agravamento das condições de trabalho em meio à precariedade”.
“O panorama social é muito preocupante”, face “às condições de segurança do trabalho cada vez mais deterioradas” e acrescentaram que “os direitos sociais consagrados na nossa Carta Constitucional foram dilacerados, como o direito à saúde, o direito à habitação e a direito à educação pública”.
Em 1º de maio, o Conselho de Ministros italiano aprovou um decreto, sem a plena aceitação dos sindicatos, que estabelece, entre outras coisas, a redução da carga tributária, termo que expressa a diferença entre o salário bruto pago pelo empregador e o que recebe o trabalhador, como mecanismo para aumentar o salário.
No entanto, prevê-se que até ao final deste ano seja eliminado o actual rendimento mínimo dos cidadãos e aumentadas as margens para contratos temporários,
medidas criticadas por sindicatos e forças da oposição, incluindo o Partido Democrático (PD) e o O Movimento 5 Estrelas, cujo líder, Giuseppe Conte, apontou recentemente que “este país precisa de contratos permanentes para melhorar a qualidade das relações trabalhistas”.
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