Segundo a denúncia, o novo incidente com o medicamento para combater dores leves ou moderadas ocorreu no pronto-socorro do centro assistencial Doutor Manuel Ferrer, no município de Calidonia, nesta capital.
Em menos de um ano, é a segunda vez que a instituição registra perda de medicamentos, já que na primeira foram 19 mil doses de fentanil, outro analgésico opióide sintético 50 vezes mais forte que a heroína e 100 vezes mais forte que a heroína, a morfina.
O dexcetoprofeno é um analgésico e anti-inflamatório não esteróide (AINE), usado para dores leves e moderadas, explicou à imprensa a diretora do Departamento de Farmacologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Panamá, Ivonne Torres.
Ele acrescentou que não é viciante, mas se seu uso for abusivo, pode causar danos renais chamados de nefropatia analgésica.
Sobre o extravio desse medicamento, as autoridades do CSS informaram que vão se abster de emitir sentenças que possam atrapalhar as investigações.
A nota oficial informa que a diretoria da entidade, presidida por Enrique Lau, solicitou uma auditoria administrativa, conforme determina a lei orgânica.
Por sua vez, o Ministério Público defendeu a determinação da gestão médica e administrativa e tudo o que se relaciona com o processo de recebimento, armazenamento e transporte dos medicamentos oferecidos pela única instituição pública de saúde.
Foi relatado que toda a cadeia de fornecimento de medicamentos será analisada para determinar possíveis falhas no gerenciamento de medicamentos altamente sensíveis, como o fentanil.
O Ministério Público iniciou esta investigação em novembro passado, porém, até o momento, não conseguiu recuperar a droga, nem houve denúncias pelo seu desaparecimento.
A CSS, que tem cerca de 30 mil funcionários, muitos deles administrativos, e administra orçamentos milionários anuais, é frequentemente criticada por organizações sociais que denunciam as políticas de privatizações e medidas paramétricas do governo para solucionar a crise financeira que atravessa.
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