O presidente nomeou o ex-juiz da Suprema Corte Phineas Mojapelo como chefe do painel.
O grupo de três membros deve esclarecer as recentes alegações dos Estados Unidos de que a África do Sul entregou material de guerra à Rússia, carregando-o no navio Lady R enquanto ele estava atracado em dezembro de 2022 no porto de Simon’s Town, no sul.
Segundo um comunicado presidencial, Ramaphosa decidiu abrir a investigação devido à gravidade das acusações, ao grau de interesse público e ao impacto deste assunto nas relações internacionais da África do Sul.
O painel tem a tarefa de identificar as pessoas que tiveram conhecimento da chegada do cargueiro russo e, se houver, o conteúdo que foi baixado ou carregado, a partida e seu destino, acrescenta o texto.
Da mesma forma, acrescenta, o painel avaliará se as obrigações constitucionais, legais ou outras em relação ao evento foram cumpridas.
O relatório a ser prestado pelo grupo de pesquisa incluirá recomendações sobre as ações que se mostrem necessárias em face de suas constatações ou em decorrência de qualquer descumprimento que possa ter ocorrido.
De acordo com as disposições de Ramaphosa, o painel concluirá sua investigação dentro de seis semanas e deverá apresentar seu relatório ao Presidente dentro de 15 dias após a conclusão de seu trabalho.
No início deste mês, o embaixador dos EUA aqui, Reuben Brigety, declarou publicamente que estava convencido de que a África do Sul carregou munições no navio Lady R para embarque para a Rússia.
O fato gerou um desacordo diplomático entre Pretória e Washington, que deverá ser esclarecido com os resultados da investigação presidida por Mojapelo.
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