O atual presidente, Guillermo Lasso, confirmou nesta sexta-feira que não buscará a reeleição apesar do pedido de seu movimento Criando Oportunidades (Creo) e em meio à baixa aprovação popular para sua gestão de apenas dois anos.
Entre os que decidiram deixar a tourada para chegar ao Palácio Carondelet, sede do Executivo, está também o presidente da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), Leonidas Iza.
O líder indígena desistiu de participar do concurso devido às divisões internas do movimento Pachakutik, que em sua opinião não representa mais os interesses de sua comunidade.
Por outro lado, o empresário Álvaro Noboa anunciou que iria aspirar pela sexta vez à chefia do Executivo, mas o vídeo com o anúncio foi apagado das suas redes sociais pouco depois da sua publicação.
Seu filho, Daniel Noboa, mantém suas pretensões presidenciais e já apresentou ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) suas intenções de concorrer às urnas ao lado de Verónica Abad, como candidata a vice-presidente, representando uma aliança chamada ADN que reúne o Movimentos Povo, Igualdade e Democracia (PID) e Move.
Entretanto, o Tribunal Contencioso Eleitoral emitiu uma sentença que obriga a fazer valer a partir destes votos o que está estipulado no Código da Democracia, que estabelece a obrigatoriedade da igualdade de género nas propostas eleitorais.
Isso significa que os candidatos a presidente e vice-presidente devem ser homens e mulheres, enquanto 50% das listas de deputados devem ser encabeçadas por mulheres.
Na sequência desta decisão, a CNE informou que vai alargar os prazos dos processos democráticos internos (primárias) das organizações políticas e vai adiar para 13 de junho o prazo para o registo oficial das candidaturas.
O ex-presidente Rafael Correa denunciou a perseguição política contra figuras da Revolução Cidadã às portas dos sufrágios, antecipada depois que Lasso decretou a morte de cruz.
A procuradora-geral da República, Diana Salazar, reativou esta quinta-feira contra o ex-vice-presidente Jorge Glas o já declarado nulo processo Singue, sobre irregularidades num contrato petrolífero, e outro processo de alegado peculato numa obra rodoviária.
Coincidentemente, Salazar ativa esses processos em meio a acusações contra ela por suposto plágio de sua tese, para a qual foi convocada a uma sessão do Conselho de Participação Cidadã e Controle Social, mas não compareceu.
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