A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) divulgou hoje a notícia, destacando um acordo entre o seu presidente, Luis Rubiales, e o seu homólogo da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues.
Como resultado dos contínuos insultos e ações racistas contra o atacante do Real Madrid, Vinicius Junior, as críticas do gigante sul-americano da Espanha levantaram o tom e até o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, ofereceu ao jogador seu apoio incondicional.
A repercussão internacional dos acontecimentos, incluindo um boneco enforcado sob uma ponte de Madri em janeiro, vestindo a camisa de Vinicius, chegou ao ponto de recomendar ao presidente da LaLiga de Futebol da Espanha, Javier Tebas, que se retratasse de algumas declarações confusas.
Os contatos de Rubiales e Tebas com os colegas brasileiros e outras personalidades também se tornaram mais fluidos, ao mesmo tempo em que foram realizadas ações como uma campanha conjunta chamada Juntos contra o racismo, com a participação do Conselho Superior de Esportes (CSD).
A RFEF, em comunicado, anunciou que o jogo será disputado em solo espanhol e pretende tornar-se numa grande festa do futebol para o desporto das multidões.
Rubiales se reuniu recentemente com Orlando Leite, embaixador do Brasil na Espanha, e intensificou seus contatos com a CBF. Espanha e Brasil não se enfrentam desde a final da Taça das Confederações de 2013, com saldo de cinco vitórias para a canarinha, duas para os encarnados e dois empates.
Por outro lado, soube-se esta segunda-feira que a Comissão Permanente da Comissão Estatal contra a Violência, o Racismo, a Xenofobia e a Intolerância no Esporte, concordou com várias propostas de sanções relacionadas com Vinicius.
Entre elas, multas de 60.000 euros e proibição de acesso a recintos desportivos durante dois anos, a quatro indivíduos identificados como autores da colocação de uma faixa de ódio e de um boneco negro enforcado numa ponte de Madrid, em referência ao jogador do Real Madrid em 26 de janeiro passado.
Da mesma forma, multas de cinco mil euros e proibição de acesso aos recintos esportivos pelo período de um ano, respetivamente, a três indivíduos identificados como autores de gestos racistas dirigidos contra o brasileiro durante o Valência-Real Madrid, 21 de maio.
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