De acordo com a informação divulgada esta quinta-feira pelo site oficial da Presidência do Conselho de Ministros, no contato que decorreu esta manhã, os dois líderes partilharam pontos de vista sobre a situação atual da União Europeia (UE) e futuras alterações naquela comunidade regional, bem como sobre o atual conflito na Ucrânia.
Um dos temas mais importantes abordados pelos mandatários foi o relacionado com a atual crise migratória que afeta os dois países e, nesse sentido, Scholz destacou que “não podemos deixar a Itália sozinha. Devemos adotar uma postura de solidariedade e responsabilidade”. Em entrevista ao jornal local Corriere della Sera, horas antes de seu encontro com Meloni, o chanceler federal alemão disse que “as relações entre a Itália e a Alemanha são estreitas, baseadas na confiança e muito sólidas, e isso também se aplica à cooperação com o governo italiano”.
“Trabalhamos bem juntos ao nível da União Europeia, dentro da OTAN e do G7”, sublinhou o chefe do governo alemão, e sobre a guerra entre Kiev e Moscou, afirmou que “devemos preparar-nos para ter de ajudar a Ucrânia por muito tempo”.
Scholz anunciou que, assim que esse confronto terminar, “a Ucrânia precisará de compromissos concretos e confiáveis de parceiros e aliados para aumentar sua segurança”, acrescentando que “estamos determinados a apoiá-la em seu caminho para ingressar na UE”.
Tanto a Alemanha como a Itália, em linha com as orientações da OTAN e a política promovida pelos Estados Unidos, destacam-se entre os países que mantêm um abastecimento bélico permanente a Kiev, bem como a aplicação de medidas contra a Rússia para tentar afetar significativamente a sua economia.
Com tais ações buscam, segundo observadores, enfraquecer ao máximo a capacidade de combate de Moscou, em busca de uma solução para o conflito favorável à Ucrânia.
Referindo-se à questão da migração, o líder alemão lembrou que o seu país também é “particularmente afetado pela migração secundária”, e considerou necessária uma divisão conjunta de responsabilidades e poderes entre os Estados-membros da UE, acrescenta a fonte.
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