“As vinícolas bolivianas alcançaram uma qualidade muito elevada como produto acabado, a possibilidade dos vinhos bolivianos se consolidarem no mercado europeu já é uma realidade”, assegurou sobre este primeiro encontro com degustadores profissionais e proprietários de wine bars estabelecidos na Europa.
A diplomata afirmou que o fato de as empresas europeias “começarem a importar nosso vinho é um sinal comercial imperdível de que o mercado europeu está em busca do valor agregado que a Bolívia está sabendo dar”.
Vilaseca informou que o Ministério dos Negócios Estrangeiros, por meio de sua missão, conseguiu que cinco laboratórios bolivianos fossem acreditados e reconhecidos como parte da Lista Número Seis de Organismos Competentes para certificação em terceiros países perante a União Europeia (UE).
Ela comentou que esse resultado permite certificar a qualidade de exportação dos licores bolivianos, e tal condição abriu as portas da Europa para o vinho de altitude do país altiplânico, já que o produto é promovido no velho continente.
A noite promocional desta quinta-feira reunirá especialistas sommeliers de prestigiados restaurantes com estrelas Michelin, enólogos como o influente Eric Boshman, provadores profissionais, empresários e diplomatas da área do trade.
De acordo com as estatísticas de 2021 da Organização Internacional da Vinha e do Vinho, o consumo desta aguardente na UE ultrapassa os 114 milhões de hectolitros, o equivalente a 48 por cento do que se bebe no mundo.
Três países da UE, Portugal, França e Itália ocupam os três primeiros lugares relativamente a este indicador à escala global, seguidos da Alemanha e Espanha na quinta posição.
No dia 18 de maio, cerca de sete mil garrafas de vinho de seis diferentes vinícolas bolivianas chegaram ao porto de Antuérpia, na Bélgica, após credenciamento de sua qualidade exportável, informou na época o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Os destilados foram comprados por uma empresa e vinícola belga que tem um enólogo boliviano experiente, informou.
Esta primeira exportação permite a participação em concursos como o Prémio Taste
Superior, especializado na avaliação sensorial e certificação de produtos gourmet.
Durante o mês de março de 2023, o vinho boliviano conquistou os primeiros lugares no Concurso Internacional de Degustação, promovido pela Organização Mundial do Comércio.
Da mesma forma, em abril deste ano, foi reconhecido pela sua qualidade e identidade ao receber 11 medalhas de ouro e quatro de prata no Concurso Internacional de Vinhos Bacchus, em Madrid.
jf/jpm / fav