A lista inclui nomes como Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-assistente de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o general Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil.
Também estão incluídos o general da reserva Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, e Ricardo Cappelli, novo chefe interino daquele departamento, entre outros.
Por outro lado, está prevista a revisão dos requisitos para compartilhamento de informações sobre os ataques às sedes das três potências em Brasília.
Na semana passada, a CPI, com 16 deputados e 16 senadores titulares, aprovou o plano de trabalho e tem 180 dias para apurar as ações antidemocráticas.
O grupo de inquérito parlamentar pode apresentar os seus resultados à Procuradoria-Geral da República, para efeitos de prova no processo-crime.
Os partidários radicais de Bolsonaro desfrutaram de acampamentos montados, sob o pretexto de protestos pacíficos e de liberdade de expressão, nas cidades e especialmente em Brasília, contra o resultado das eleições de outubro e a posse pela terceira vez do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No entanto, no dia 8 de janeiro, a ordem foi dada e quase sete mil extremistas de Bolsonaro (apoiadores dos ex-militares que se apropriaram da cor amarela da bandeira) invadiram e saquearam as dependências do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo. Apesar da análise do comportamento e das condutas suspeitas permitirem antecipar ações de indivíduos ou grupos com fins terroristas, as forças policiais pouco reagiram, principalmente as do DF.
A tentativa de golpe culminou na prisão de muitos apoiadores do ex-capitão do Exército, incluindo o ex-secretário Torres, que atuou no governo Bolsonaro como ministro da Justiça.
A Procuradoria-Geral da República denunciou criminalmente 1.390 pessoas por vários crimes, como crimes de extinção violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bens especialmente protegidos.
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