Na segunda edição do seminário “Pela soberania de Cuba e contra o terrorismo”, realizado na Universidade de Havana e organizado pelo ACNUR, a presidente da organização, Norma Goicochea, salientou que este flagelo constitui uma das mais graves ameaças à segurança nacional.
A presidente explicou que o painel, para além de debater os efeitos do terrorismo na nação do Caribe, é também dedicado a Ricardo Alarcón de Quesada, que foi um dos ministros dos Negócios Estrangeiros mais famosos da ilha e um fervoroso denunciante deste mal.
A este respeito, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da ilha, Carlos Fernández de Cossío, salientou como Alarcón denunciou o facto de o terrorismo de Estado ter perseguido a Revolução Cubana desde o seu triunfo em 1959, financiado e organizado pelos Estados Unidos.
Foi o governo dos Estados Unidos que assumiu a tarefa de contratar mercenários para cometer actos terroristas contra Cuba e outros países do hemisfério”, sublinhou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da ilha.
Entre as principais fontes e causas do terrorismo, recordou Alarcón, quando disse que a principal fonte estava na Virgínia, na sede da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos, e que as causas incluem o desejo dos poderosos interesses económicos de proteger os seus interesses, bem como o objectivo de suprimir os direitos do povo.
O responsável reiterou que o seu país tem um historial limpo e reconhecido contra este flagelo, mas também tem uma longa história de actos deste tipo contra si, que custaram milhares de vidas.
Mesmo assim, denunciou, os Estados Unidos têm o cinismo de incluir a nação caribenha na lista arbitrária de Estados patrocinadores do terrorismo, o que causa enormes prejuízos ao seu desenvolvimento económico.
Por sua vez, o professor e embaixador cubano Abelardo Moreno referiu-se ao tratamento do terrorismo no Conselho de Segurança das Nações Unidas, e como este é manipulado de acordo com os interesses dos Estados Unidos.
José Luis Méndez, membro da Sociedade Cubana de Direito Internacional, também interveio no painel, referindo-se aos mais de uma dezena de planos para assassinar o líder histórico da Revolução, Fidel Castro, no estrangeiro.
Salientou ainda que o objectivo de todas as acções terroristas contra a ilha é aterrorizar o povo e causar danos económicos, biológicos e humanos.
Os efeitos do terrorismo mediático e da guerra de ódio contra Cuba também foram discutidos nesta segunda reunião.
Estiveram também presentes antigos agentes dos Órgãos de Segurança do Estado que estiveram directamente envolvidos na luta contra o terrorismo contra a maior das Antilhas.
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