“Identificamos cerca de 27 rotas ilegais, que vão ser controladas. Estamos dando atenção especial a essas medidas para deter o contrabando”, disse Vargas, referindo-se à transferência ilegal de mercadorias para o Peru.
Ele descreveu em entrevista à Cadena A que esses canais criminosos reconhecidos incluem as cidades de Puerto Acosta, Lacaya, Chaguaya e o Estreito de Tiquina, entre outros.
Vargas explicou que serão tomadas medidas mais drásticas para evitar o vazamento de combustível, alimentos e outros produtos subsidiados pelo Estado boliviano.
Do ponto de vista jurídico, sublinhou que as acções de interdição e combate ao contrabando são executadas com base no artigo 244º da Constituição Política do Estado, bem como no artigo 2º da Lei 100 de Desenvolvimento e Segurança Fronteiriça.
No dia anterior, cerca de 200 militares desativaram o cais clandestino denominado “La Carroñera”, com mais de 140 metros de comprimento e cinco metros de largura, localizado às margens do rio Desaguadero, entre a Bolívia e o Peru.
Este píer foi construído por membros da comunidade da região em 2021, durante a pandemia de COVID-19, e desde então opera com barcaças bolivianas e peruanas.
Depois de várias análises do problema com as autoridades territoriais e membros da comunidade, o governo nacional conseguiu desativar essa infraestrutura usada pelos contrabandistas.
Foram cavadas valas profundas para impedir a passagem de veículos de grande tonelagem, autocarros e outros meios de transporte por esta via, não sendo de excluir a introdução de maquinaria pesada para destruir a plataforma ilegal, informou.
Vargas expressou que seu Vice-Ministro e as Forças Armadas realizaram esta primeira ação contundente para proteger a economia do país.
Por sua vez, no âmbito do Plano Sul, a Alfândega Nacional descobriu 24 toneladas de roupas usadas, escondidas em dois caminhões, o primeiro carregamento camuflado sob tijolos e o segundo sob caixas de madeira, informou a gerente regional da instituição, Karina Velazquez .
A perita estimou em 351.000 bolivianos (cerca de 50.000 dólares) o valor dessas mercadorias da Argentina que apreendeu em rotas alternativas de Tarija.
Velázquez comentou que esse modus operandi é novo, mas foi detectado pelo pessoal da alfândega.
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