Uma nota publicada nesta quarta-feira no site oficial da Presidência da República informou sobre o contato entre os dois chefes de Estado, que discutiram formas de promover as atuais relações bilaterais positivas, elevadas desde 2007 à categoria de Parceria Estratégica.

Lula foi recebido esta manhã com honras no pátio do palácio presidencial, após o que os dois líderes entraram para uma conversa particular, seguida de um café da manhã de trabalho, onde continuaram suas conversas.

A Itália foi o décimo terceiro maior parceiro comercial do Brasil em 2022, bem como o sétimo maior fornecedor de importações e o décimo quinto maior destino das exportações do gigante sul-americano, por 2,0 e 1,5 por cento do total, respectivamente, enquanto os investimentos do país europeu atingiram 17,7 bilhões de dólares em 2021.

Atualmente, há mais de 30 milhões de descendentes de italianos vivendo no Brasil, considerado um dos principais destinos da diáspora de italianos no mundo, enquanto a comunidade brasileira nessa nação ultrapassa 100 mil pessoas, o que condiciona um vínculo fluido.

O chefe de Estado brasileiro discutiu o atual conflito militar entre a Ucrânia e a Rússia com Mattarella e mencionou a urgência de ambos os países “encontrarem o caminho para a paz”.

Em uma entrevista publicada pelo jornal Corriere della Sera, o presidente brasileiro revelou a viagem para tentar trazer a paz “de um enviado especial, Celso Amorim, a Moscou e Kiev. Ambos os países acreditam que podem vencer militarmente: eu não concordo”.

“Acho que há muito poucas pessoas que falam sobre paz. Minha angústia é que, com tantas pessoas famintas no mundo, estamos em guerra”, acrescentou.

Nessas declarações, ele também fez alusão à posição de seu governo a favor de uma reforma do Conselho de Segurança da ONU, porque “hoje muita coisa mudou e é necessário um Conselho mais representativo, com vozes da América Latina e da África, para contribuir com a paz e a segurança no mundo”.

A agenda de Lula também inclui uma audiência vespertina com o Papa Francisco na Santa Sé, bem como uma reunião com a primeira-ministra do país, Giorgia Meloni, uma reunião noturna com o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, e intercâmbios com líderes de várias forças políticas.

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