Segundo o site, Lula defende, desde os primeiros mandatos, que o conselho seja reformulado para atender à geopolítica atual.
Em setembro, o governante deve participar da Assembleia Geral da ONU.
Membros do governo informaram ao G1 que a ida de Lula ao encontro nos Estados Unidos pode acontecer, mas que ainda não há definição.
O conselho é formado por 15 países. Cinco ocupam os chamados cargos permanentes, e os outros 10, temporariamente, não, como é o caso do Brasil, cujo mandato termina em dezembro.
A presidência dessa diretoria é rotativa, ou seja, a cada período, um país comanda o grupo e, em outubro, seria a vez do gigante sul-americano.
O G1 aponta que Lula costuma criticar a atual composição do Conselho de Segurança em fóruns internacionais, afirmando que o grupo representa a geopolítica dos anos 1940, quando foi criada a Organização das Nações Unidas, e não a atual.
Por isso, na opinião do fundador do Partido dos Trabalhadores, o conselho precisa ter mais membros de outras regiões.
Em frequentes discursos, o ex-líder trabalhista defende que ela tenha países na América Latina, África e mais na Ásia e na Europa. Ele costuma citar, por exemplo, Brasil, África do Sul, Alemanha, Índia e Japão.
Ao participar nesta sexta-feira na França de uma cúpula que discutiu questões climáticas, o presidente brasileiro voltou a se referir à reforma do conselho.
“É importante que as pessoas tenham noção de que as pessoas não podem continuar com as instituições funcionando de forma errada. Mesmo o Conselho de Segurança da ONU, os membros permanentes não representam mais a realidade política de 2023. Se representavam em 1945, em 2023 é necessário mudar”, sugeriu.
Ele insistiu que “a ONU precisa voltar a ser representativa, ter força política. A ONU foi capaz de criar o Estado de Israel em 1948 e não é capaz de resolver o problema da ocupação do Estado palestino”.
Também em maio, ao conceder entrevista à imprensa após participar da reunião do G7 no Japão, Lula defendeu a reforma.
“A ONU de 1945 não existe mais. Ela foi criada para manter a paz no mundo, mas não tem mais autoridade para manter a paz no mundo porque são os próprios membros do Conselho de Segurança que fazem a guerra”, denunciou.
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