Desde a véspera, o aniversário reuniu inúmeras atividades, inclusive uma sessão extraordinária no Parlamento que reeditou a última sessão do Senado em 26 de junho de 1973, véspera da dissolução das duas casas do Legislativo.
A sessão contou com a presença do Presidente Luis Lacalle Pou e dos ex-presidentes da República.
Do lado de fora do Palácio Legislativo, centenas de pessoas fizeram uma vigília pela democracia, de velas na mão, na qual coincidiram movimentos sociais e familiares de detidos desaparecidos. Mais uma sessão especial do Congresso será realizada hoje, enquanto os atos e conferências sobre esse período sombrio da história uruguaia são replicados no país.
Por parte do governo, Lacalle Pou convocou os ex-presidentes Julio María Sanguinetti (1985-1990 e 1995-2000), Luis Lacalle Herrera (1990-1995) e José Mujica (2010-2015) para dar uma mensagem conjunta da Torre Executiva, sede presidencial.
O dia também será para comemorar a greve geral com a ocupação de seus postos de trabalho realizada por trabalhadores uruguaios, também hoje faz meio século.
Como uma reedição daquele ato de resistência, e em defesa das demandas atuais, a central sindical PIT-CNT fará uma paralisação parcial das obras, afetando especialmente as instituições públicas.
Os sindicalistas vão se reunir em frente à refinaria de combustíveis La Teja, nesta capital, onde há cinco décadas seus funcionários resistiram ao golpe de Estado.
A greve geral não conseguiu derrubar a ditadura de imediato, mas fez com que ela nascesse mortalmente ferida, sem nenhuma base de apoio popular, afirmou o PIT-CNT, que convocou na ocasião o fortalecimento da unidade e organização da classe trabalhadora.
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