Essa articulação foi criada para buscar modelos alternativos ao então chamado Consenso de Washington, um conjunto de princípios do projeto neoliberal, como a redução do papel do Estado, a privatização, a abertura dos mercados e a globalização sem nenhum tipo de regulação , disse o secretário a um meio de comunicação local, a executiva do fórum, Mónica Valente.
“Um modelo nocivo para nossos povos”, denunciou e ponderou o valor do evento, cujo lema é a integração regional para avançar a soberania latino-americana e caribenha.
Ele enfatizou que o evento coincidirá com o 33º aniversário do fórum (que é comemorado em 4 de julho) e que a integração da América Latina e do Caribe “está na ordem do dia”.
Ele lembrou que esse desejo estava “na primeira onda de governos progressistas em nossa região e, agora, volta com força considerável, após a eleição do presidente (Luis Inácio) Lula (da Silva), no Brasil, de Gustavo Petro, na Colômbia, de Alberto Fernández, na Argentina, de (Gabriel) Boric, no Chile, de Luis Arce, na Bolívia, entre outros”.
Sobre a programação do encontro, que começou na véspera e vai até o dia 2 de julho, destacou que haverá “uma série de debates muito significativos. O primeiro e mais importante deles é a integração regional”.
Ele explicou que houve um grande impulso sobre o assunto desde a reunião de líderes sul-americanos, recentemente promovida por Lula, na qual saiu uma carta chamada Consenso de Brasília, repleta de ideias com as quais “estamos totalmente de acordo”, como integração, destacou.
“Trabalhar, por exemplo, na integração energética, porque nossa região é rica em recursos renováveis, em geração de energia, hidrelétrica, gás, eólica, solar”, afirmou.
Integração da saúde, acrescentou, já que a pandemia da Covid-19 mostrou que se tivéssemos uma durante aquela calamidade “não teríamos ficado tão dependentes de empresas estrangeiras no caso da produção de vacinas e medicamentos”.
Valente também aludiu à “integração educacional, para que nossos jovens possam ter mobilidade acadêmica na região, frequentar toda a rede de universidades da nossa região. Essa é a primeira e mais importante diretriz deste encontro”, comentou.
Da mesma forma, informou que o evento contará também com encontros de mulheres, jovens e movimentos sociais, sendo que amanhã, anunciou, haverá um debate sobre comunicação e redes sociais, uma vez que “existe um ecossistema de rede virtual de fake news (notícias falsas) na esquerda latino-americana, no Partido dos Trabalhadores e no Fórum de São Paulo”, enfatizou.
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