Ramallah, 1 Jul (Prensa Latina) O governo palestino denunciou hoje o apoio de um ministro de extrema-direita israelense a ataques de colonos contra a população civil nos territórios ocupados.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano sublinhou em comunicado que as palavras do ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, confirmam a protecção oficial das autoridades daquele país ao terrorismo perpetrado por estes extremistas.
O apoio de Smotrich é um incentivo para que cometam mais crimes contra nosso povo, suas terras e propriedades, alertou.
O Canal 7 divulgou uma mensagem de apoio a Smotrich em meio a uma onda de ataques de grupos de colonos a aldeias palestinas na Cisjordânia ocupada, atraindo críticas internacionais.
A fonte destacou que o ministro descreveu essas pessoas como patriotas enquanto pedia ao Exército para protegê-las.
O chefe da Segurança Nacional, o ultradireitista Itamar Ben Gvir, considerou esta semana que “a maioria deles (os colonos) são doces crianças”.
Durante uma reunião para tratar da violência naquele setor, Ben Gvir criticou a prisão de vários deles por atos de vandalismo.
Participaram da reunião, entre outros, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, os chefes do Shin Bet (Serviço Geral de Segurança), Ronen Bar, e das Forças Armadas, Herzi Halevi, além dos chefes de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, e da Defesa, Yoav Gallant, detalhou o jornal.
Há poucos dias, o governo palestino qualificou de aberrações e genocidas as declarações de Ben Gvir, que pediu o lançamento de uma operação militar em grande escala na Cisjordânia para “matar milhares de terroristas”.
Tais comentários demonstram uma clara intenção criminosa e assassina, denunciou o Ministério das Relações Exteriores e Expatriados em um comunicado.
Acusado mais de 50 vezes e condenado oito vezes por tumultos, vandalismo e incitação ao racismo, Ben Gvir é conhecido por ter mantido durante anos em sua sala uma foto de Baruch Goldstein, que assassinou 29 palestinos na Caverna dos Patriarcas em 1994.
ro/rob/ans