Pouco depois de receber o chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, no Palácio da Moncloa, o Presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, salientou que o seu país, à frente da UE no segundo semestre de 2023, vai tentar expandir os laços comerciais e de investimento com a América Latina.
Sánchez, que desde o passado sábado lidera a presidência espanhola do bloco comunitário, aproveitou o encontro com Michel para sublinhar também outras prioridades, como a transição ecológica e todos os dossiers associados à proteção do meio ambiente e à melhoria do qualidade de vida das pessoas, bem como a construção de maior justiça social e econômica.
“Uma grande responsabilidade para um país profundamente europeísta como o nosso”, disse o chefe do Executivo ao avaliar o trabalho que espera Espanha, desafio que assume “com gratidão, humildade e determinação”.
Ele destacou que, nestes seis meses, sua nação se encarregará de coordenar os debates e aprovações de dezenas de arquivos legislativos, com o objetivo de converter a Presidência espanhola “em uma ferramenta útil que melhore a vida de nossos cidadãos”.
“A Europa é chamada a desempenhar um papel relevante no mundo e só podemos desempenhá-lo agindo com unidade”, disse ele, lembrando sua visita a Kiev no sábado para renovar o apoio da UE à Ucrânia na guerra contra a Rússia.
“A guerra na Ucrânia será uma das grandes prioridades de nossa presidência”, declarou Sánchez no final do Conselho Europeu realizado na sexta-feira em Bruxelas.
Até o próximo dia 31 de dezembro, a Espanha será a titular da UE, que a primeira vice-presidente, Nadia Calviño, definiu em sua conta no Twitter com uma agenda muito intensa de reformas nas esferas econômica e digital. Calviño, Ministra dos Assuntos Económicos e da Transformação Digital, explicou na sua mensagem que o país ibérico vai trabalhar arduamente para concluir processos importantes como a reforma das regras fiscais ou o regulamento da Inteligência Artificial.
Por sua vez, o líder da oposição do conservador Partido Popular, Alberto Núñez Feijóo, destacou sua lealdade e empenho para fazer deste semestre um sucesso para o país.
Núñez Feijóo, o favorito segundo as sondagens para vencer as eleições gerais de 23 de julho e assumir o Palácio da Moncloa, sublinhou que a Europa é um projeto “que envolve todos nós”.
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